São as galinhas velhas que dão bão rock, por Nicolas Rouquette
Nós vimos o que nos permitiram ver do festival ontem. Quero tecer alguns comentários e chegar. Dia 9 de julho não vou trabalhar nem abrir mail nem com a foda tântrica de sete horas de duração de que Sting se gabava. Gosto de escrever, me amarro em vocês mas é meu aniversário.
Primeiro:
Esse formato de apresentações simultâneas é uma droga, não dessas boas de embalo. Nem sei quem eram todos ou se vi todos os artistas ontem. O Live Aid só teve um grande defeito: revelou ao mundo o fim da voz do Robert Plant. Fiquei tã desbundada.
Segundo:
VJ (Carson Daly) merece morrer com estrictinina mais uns cacetes do
Jack Bauer. Que gente chata. Se sacassem de música mas não, sabem tanto quanto um recém-nascido; isso mesmo: fazer barulho.
Terceiro:
Gosto do Al Gore, votei nele mas ele é monótono e a mulher dele, a Tipper, nem devia dar as caras em um festival de rock. Ela fez campanha para censura do rock&roll, que vá cozinhar ( cozinha como eu cozinho?) para o Gore, que se não tomar cuidado vai ter uma imagem irreconhecível. Bom. Leo :wub: tudo bem. Ele é tr00 mesmo nesses lances ambientais. A Cameron Díaz, por Dios! Ela tinha um corpo espetacular. Alguns cm a mais nas coxas; aí faz dieta. Os braços são tão finos que tinha medo deles quebrarem. E francamente, aparecer ao mundo com shortinho entrando pelo rego e pela *** é mau gosto, de salto alto então! Saiu de lá direto pra casa com luz vermelha da Roxanne.
Quarto:
Jovens que brilharam: o pessoal cientista que tocou rock indie na Antártica com os pingüins. E o meu :wub: bluesman que se veste em chique agorafóbico, John Mayer, tem um post sobre ele por aí. Vejam aqui.
Chato de galochas: Kayne West, isso já sabia; ele deu show grátis na SAMOHI, a escola secundária de Santa Monica. Pretensão, ou audácia do bofe: Ludacris, "estou cedendo minha fama ao evento." ( I'm lending my celebrity to the event.) Será que a gente tem que pagar juros, bicho?
A Alicia Keyes é arroz de festival. Ajeitadinha, canta e arranha um piano só que ela e o tal do Keith Jarret assassinaram "Ecology" ou "Mercy, Mercy Me" do assassinado Marvin Gaye, que não merece uma dessas. O "Gimme Shelter" desse cara deu pra levar mas não tem comparação com o esqueleto pai de todos + 1 Mick Jagger cantando.
Capítulo a parte:
Não entendi a do Lenny Kravitz. Tudo bem que a Nicole Kidman dançou mas e daí? Ele é um músico excelente que está indo do nada ao lugar nenhum. Pô, pra ver negro correndo e seguranças correndo atrás não é necessário importar um brother.
Linkin Park e os Beastie Boys: WTF ? Os Beastie Boys pareciam um pastiche dos Red Rot Chili Peppers, os quais também apareceram. O cantor perdeu muito da força vocal. Acontece. Não é por nada não mas os drogados celerados estão indo no caminho do Keith Richards, cara de ameixa amassada. Linkin Park, WTF, tem gosto pra tudo. Em video dá. Aye!
Os Black Eyed Peas são uns copycats e não gosto de ver como estão sempre "sampling" ou "mashing" o tempo todo. Pra mim eles são B.S.
Prato Principal:
Foi uma grata surpresa a apresentação do Police. Sting está em plena forma, musical e fisicamente. Foi super-legal ver a geração mais velha e a mais nova cantando ao som do Police. Ainda bem que o Sting deve ter ido ao analista de Bagé e levado uns joelhaços pra sair daquela chatice do seu período <3 Raoni.
Curti muito o Metallica. Não via desde o início dos anos 90. E a galera curtiu também. O cantor parecia um patriarca Quaker, sei lá, feio pra dedéu com barba esquisita...
Jon Bon Jovi é purpurina; não conta. Tá precisando de uma visita ao médico para injeção de Restylane®
Madonna. Não suporto a garota materia(lística) por várias razões. Apostei com meu marido que ela se comportaria. A primeira música, bem dançável e curtível, não tinha um minuto e ela bota a mão em cima da xota. A Tipper deve ter um daqueles apitos pra cães, que só biatches ouvem. Madonna tirou a mão de lá. Segunda música, não suportei, ela num vestidinho negro de manguinhas bufantes, estilo boneca da Estrela, de novo a mão foi lá rapidamente e saiu. Essa é a "Hey You." Tô de saco cheio de lamentação, por favor, galera. O corinho infanto-juvenil estava gracinha. Só.
Pontíssimo alto? Sou professora, então é qual? Pink Floyd com "The Wall" mesmo que desafinado. A molecada com roupa escrita "United We're Strong"(Divided We Fall, da época pós 9/11) estava o máximo. Vai ver que era tudo TDAH. Quanta energia!
Ponto vermelho? Shakira dançando que parecia uma pomba-gira com estágio no Complexo do Alemão.
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