Essas estórias de Google quer ou não me dão na paciência. Talvez seqüela de excessos libelus, não admito que uma fabriqueta de dados, que não consegue nem arquivar direito o YouTube, queira mudar o formato de blogs.
Já não basta o linca-como-linco aloprado e sem razão por aí? Por quê seria então que blogueiros não poderão mostrar a quais comunidades de assuntos pertencem.
"Meus amigos", dizia o João Saldanha, Brasil não é terreno baldio nem da cabra do Nélson Rodrigues. Não é ufanismo besta. Ano passado, quando Nicole Wong se meteu a blefar que Google ia puxar o carro por causa do MPF, tive vontade de berrar como
touro ferido na arena, aqui dos Esteitesh:
-- Vai e já vai tarde.
Era um blefe de uma americana e um brasileiro, o Dr. Durval Goyos Noronha, C.V. de dar medo de tão intenso. Um brasileiro contra o Brasil, dentro do Brasil. Laureadíssimo.
Aí vocês lembram do complexo de narciso às avessas. Brasileiros são ambivalentes quanto ao Brasil. Têm vergonha da cor, do pezinho, raivinha mimimi dos argentinos, ódio dos estadunidenses... E aí, em momentos como estes, de "crise" --cadê a crise? Têm raivinha de cabloclo, mameluco, cafuzo, curiboca. Confesso que gosto das coisas finas da vida. Uma bolsa da Prada a 3.000 dólares é ostentação de renda pornográfica.
Google dá força. Os paraguaios são brasileiros depois do genocídio da "Tríplice Aliança." Bíblico, tal no Passover. Não sobrou um jovem macho paraguaio.
Minha mãe dizia sempre:
--Quem muito se abaixa o feofó aparece.
O Brasil tem o jeitinho, pode deixar o sentimento classista em casa, do tipo,"Maria, me traz um chá pra dona Regina?" trabalhar pra ir à luta. Parar de resmungar contra o poder central, Brasília.
Lembremo-nos de quantos milhões de brasileiros morrem pra viver. Não é o Google,Inc quem socorre vítimas de desgraças. Nem aqui. MSoft Gates doou a grana pra continuar bacana. Google, nunca ouvi uma boa palavra sobre tratamento a blogueiros ou usuários de vários serviços googlianos fodásticos. Google pode querer ser proxeneta. Não serei eu a escrava dele.
Hey, Montain View, put Brin on the line. Ótchem haraxó. Não me mandem o Joe Blow from San Diego. Nem o David Drummond nem o Luiz Barroso nem muito menos a Nicole. Pra mim, só a Kidman.
Vocês verão: podemos e devemos construir uma economia blogueira e dar uma ou várias bananas bem traçadas ao Poderoso Chefete, Google, Inc.
Telefone: depois de discar tecle 0 para telefonista ou 8 para uma dessas figurinhas fáceis. Teclem sobrenome e depois o nome da figura. Vai cair na secretária. falem. Digam pra eles que sí se puede. Español até a mosca na parede entende na California.

Recent Comments