Food and Drink

27-10-2007

Saíram para tosquiar, saíram tosquiados, por Nicolas Rouquette

Hoje amanheci feliz. Ontem foi um dia complicadíssimo, com vários assuntos para resolver. Reunião sobre os cuidados da minha mãe. Depois, a reunião na escola pela qual esperei quase três anos. Aconteceu que minha intoxicação medicamentosa parece ter cedido. Exceto a teclagem, que não tem jeito, senti-me forte para  andar quase sozinha.
O ar nos deixou com uma tossezinha, leve asma. Finalmente
fiquei com pena do povo migrante daqui, só espero que não construam suas habitações em linhas de fogo florestal. De certa forma é um alívio saber que nosso barraco é longe o suficiente do mar em caso de tsunami. A manchete ecônomica é a recessão no mercado da casa própria. El presidente veio e foi e ninguém viu.
Há um ditado americano que diz que não há sentimento melhor que NÃO ser pego com as calças arreadas.  Estávamos preparadíssimos. Que acham que aconteceu?Ghrg5

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06-10-2007

Minha cidade - Los Angeles: paralelos com a Paulicéia, por Nicolas Rouquette

São cidades sem democracia social. O pessoal dos ônibus, cuja hora de trabalho é quase nada na Belíndia, o pessoal dos ônibus e carros cacarecados daqui. A indiferença de ricos relativa à caridade ou ajuda social, vide o Bill Maher, que se diz esquerda -- esquerda é demodée -- sou libélula sem rótulo que este.

Fui a Los Angeles ontem. Onde os prédios se chamam Vista mas não têm view. Mais ou menos como o MSoft. :=P)
Minha faculdade, a Universidade de Southern California, é assim no ghetto; aquela passagem de "Homem branco não sabe pular" acho que é das cercanias da 'SC. Eram casas de ricos que viraram casas de pobres por causa do white flight.  Nossa cidade, pau-a-pau com SP-SP é a segunda do país.  Temos conflitos étnicos desde sempre. Ou ficamos em casa ou vamos a restaurantes. Com cuidado. Aos museus. Se a contemplação das artes trouxesse mais harmonia. Se o se jogasse, cala-te boca. Me disseram que  o Botafogo perdeu.

No Brasil o dinheiro compra o tom da pele. Aqui não há identificação de tons de pele ou classe nas certidões de nascimento. Meu vizinho negro retinto acha que sou African-American. Dizem no Los Angeles Times que o Brasil é 80% negro. Outros acham que somos ladinos, cristãos novos.  Não importa. O filho do Pelé é branco. Mudou tudo. Será?

(cont. amanhã)

15-05-2007

Fight On - do Rio para USC, por Nicolas Rouquette

Yuna acordou atrasada.  Antes de correr pro ponto de táxis, bochechou Cepacol pra disfarçar o gosto de cabo de guarda-chuva na boca, muito Bloddy Mary, depois cerveja... Todas as noites batia ponto no Lord Nelson, um bar restaurante onde conhecia os garções.  A língua dominante era o inglês britânico. A decoração fazia  um efeito original: velhos livros em estantes rodeavam o bar.  Era do estilo Exército da Salvação: nada combinava, tudo era velho.  O efeito era de tradição sem família nem propriedade.

Chegava no Bar Nelson depois da última aula. Tomava sopa de tomate, Bloody Mary e cerveja, de vez em quando.  Nunca acontecia nada mais pitoresco que um chato bêbado ou um bêbado chato.  Dá pra dizer qual a difereça?  Batia papo com seus amigos.  Entrava só e só saía, um pouco cambaleante.

Anos depois seu amigo Doutor Oak gozou de sua cara:

--How do you expect to get laid?  It's a gay bar!--

Ele devia saber.  Ele sabia de tudo.  Ou quase tudo.  Ela suspirou fundo.  Que droga esse mau-hálito emocional de recém-separada.  Sempre gamava por gays, de George Michael, ao Doutor Oak e outros e outros.  Era o que ele chamava de fag-hag antes do politicamente correto cortar tudo que  pudesse ofender  as  minorias.  Doutor Oak  contou-lhe sobre Divine, Reefer Madness, sobre o mundo da contra-cultura coisas de que o diabo duvida.  Ajudou-a  no seu processo de ingresso para as universidades dos EUA.  Até escolher as três onde deveria mandar seus papéis escolheu. Só disocrdaram da sua escolha de namorado, mais tarde. Yuna não gostava do Doutor Oak.  Ela queria ser o Doutor Oak.

Entre as três universidades, Bloomington-Indiana, Stoneybrook-SUNY e a University of Southern California, escolheu a USC.  Escolha aprovadíssima.  Só tinha estrelas no departamento de línguistica.  Tinha recebido oferta de bolsa em todas.  Los Angeles é Los Angeles, estrelas da linguística...

Encontraram-se, ela de férias no Rio ele de volta da Arábia Saudita em julho de 1986. Ele usava mangas compridas, trazia um moreno chamado Jorge de acessório, estava de mau humor.

Yuna já estava de cacho com um francês com cara de baiano.  No dia seguinte ao Natal de 1987, quando voltavam ela e seu noivo  com o anel de noivado, ela toda prosa, anel no cartão, anel no dedo, o telefone soou. Achou que fosse sua tia gringa palpiteira pra saber quanto tinham gasto.

Era a Jeri, amiga do Doutor Oak, direto de Chicago.  Ele tinha morrido de pneumonia, causa oficial.


P.S. Muitos não entendem o porquê de futebol e outros esportes e música. USC é uma universidade particular.  Cada matéria pode ter 6 unidades/créditos.  A unidade custa pelo menos mil dólares.  Casa e comida à parte, calculem vocês.  Muitos dos integrantes da banda são de origem humilde e recebem bolsa.  Na música "Fight On" a segunda parte, alegre, é dam, damdamdamdam...

A piadinha do baú é:
What do you call one stupid person? 

Dumb

And 30,000 stupid people?

Dam, damdamdamdam... (cantarola  o "Fight On" - a letra b depois da letra m é muda.


Boa noite ou boa madrugada ou bom dia para todos?

12-05-2007

The Lobster, por Nicolas Rouquette

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Este restaurante fica acima do Santa Monica Pier. Fomos lá quando reabriu, depois quando o pai do Maridão veio visitar. A vista é maravilhosa. Dá pra ver o Pacífico, o Pier de Santa Monica, com seu carrossel super-famoso. Foi o carrossel usado em "The Sting", o filme que reuniu Robert Redford e Paul Newman pela segunda vez.

A comida piorou. Os peixes vêm em fatias menores, com puré de batata e algum legume nobre: corações de alcachofra, aspáragos, espinafre. A salada que pedimos veio trocada. Brie picotadinho com tomates, poucos. A lula à milanesa estava perfeita.

O serviço é devagar quase parando. São pessoas trabalhando no restaurante para ganhar dinheiro enquanto Hollywood não os descobre. Bonitas, sem dúvida. Perguntei para o garçom quando seria o melhor dia para ter um atendimento mais rápido. Titubeou.

Umm, de segunda a quarta.

Aquilo estava lotado. Uma barulheira dos diabos. Deve ser verdade que é mais fácil um camelo passar no cu de uma agulha que um ricaço entrar no Céu. Excomungados todos. Segredo. Em restaurante caro beba água da bica. Um copo de bebida alcóolica começa nos dez dólares. Bebida, sobremesa e café fazem a maior diferença. "Trust me".

O aborrecente tinha que interromper nosso tête-à-tête. Mandei que viesse nos encontrar. De peixe não gosta ainda. é formiguinha. Estorei de rir hoje quando visitei Encanto. Elisabete é mãe, também.
Comemos sobremesa, doce demais para mim. Tiramos fotos, que estão no Flickr. É só ir a qualquer conjunto de fotos que vocês chegam nas minhas.

Infelizmente não deu pra tirar foto da Santa Mônica, a escultura à beira do parque junto ao mar. O apelido da escultura é consolo. Conseguimos tirar foto do "The Hotel California". O artigo diferencia o hotel da música, "Hotel California". Evitam processo.

O maridão chegou, vamos comer sushi. Para animar os corações?

Discretamente? Qual a diferença entre

xota e suschi?


Suschi você come com arroz.

Toni e Tina Zagat opinam:

Este texto não tem nem coerência nem coesão.

Logo depois do nosso jantar de suschi preparado por um mestre coreano --only in L.A.-- temos que dar um jeito no computador. Amaria receber comentários. Eles estão entrando na caixa do correio mas não abrem na folha de comentários.

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Daqui a pouco, Serginho Groisman, no "Altas Horas." Até amanhã, talvez.

11-04-2007

Jantar no Valhala, por Nicolas Rouquette

Quem sabe de alemão é o mosquito do ¿De que jeito? Um blog do Acre.  O quê sei é o que vou contar pra vocês. 

Vai parecer aqueles posts do Eudes, oníricos, quê posso fazer? -- perguntou a vadia, que em francês é allumeuse, quando passou mais uma cantada em homem de outra mulher.  Mulher que tem mania de dar em cima de homem das outras tem vício, juro que é vício e não tem jeito.

A noite mal começara, estava nervosinha para variar, já tinha chorado ( de novo?  É, de novo) minha irmã passou aqui de manhã.  Ai, tava arreliada com o tal computador do meu marido.  O dia que uma dessas multis incorporar um bocetômetro num portátil meu marido estará com a "outra" para sempre.  Um bocetômetro com tamanhos e espessuras variadas, pois homens gostam de variedades.

Atravessei nuvens e cheguei no restaurante do Valhala.  Este é o céu da mitologia germânica.  Houve um guerreiro, Siegfried, que inspirou o Jaguar a fazer o ratinho Sig, Pasquim re-editado à venda amanhã na Livraria da Travessa, primeira parte.  Não, tô de sacanagem.  O Sig do Jaguar é inspirado no Sigsmundo Freud, todo mundo que fosse alguém fazia análise freudiana nos anos 60-70.  Penso, logo sou neurótico e a culpa é dos meus pais.

O Siegfried foi o amor de uma valquíria.  As valquírias eram as amazonas alemãs, imortais.  Esta abriu mão da imortalidade, quando digo que amor de pica bate e fica, e ele era quase impenetrável por causa de um sangue de dragão mas uma folha cobriu o calcanhar direito dele e o sangue lá não entrou. É, que nem o Aquiles. O que sei dessa estória é que o Siegfried aprontou pra cima da valquíria ela se enfureceu, a estória terminou mal mas depois veio o deus ex-machina e consertou a situação.

Sentei-me ao lado da janela e lá veio o Siegfried.  Sabia que era ele apesar de seu disfarce, uma barbichinha juvenil, roupas da terra.  Era ele mesmo.  Seus olhos eram imortais, olhos que já encararam os deuses e, isola, o Hades.  Era o Siegfried sim, tinha pele de semi-deus, mãos de quem nunca pegou no pesado,  suspirou e começou:

--Vai pedir?  É peixe?  É mais saudável o peixe? -- Era um garçom que perguntava em vez de atender.  Suspirei, um suspiro longo.  Meu marido fez os pedidos.  Ah, o Siegfried produziu um garçom, que aliás era gay e de POA, vejam só. Não sei se falava alemão.

Respirei aliviada.  Ah, Seu Jorge, um linguado com angu e pirão, por favor?  Uma carne pro rapaz aqui.  Não, ele só fala alemão.  Não, Seu Jorge, não tá a fim não.

Sieg tinha pressa, como todos os mensageiros dos deuses.  Disse preu parar de chorar que a vida é só uma.  Tá, sei que não há nenhuma ciência avançada nessa mensagem.  É que eu precisava de um desconhecido para me falar dessas coisas.
Vejam só:

--Tina, deixa de ser babaca que ninguém vale sua dor.  A vida é só uma.  Acorde e veja o dia e seja feliz. Você gosta do seu blog?  Então escreva.  Quem sabe você gosta de mais alguma coisa criativa?  Ah, então! -- E o Sieg mascava animadamente seu bife.

Fomos lá fora do restaurante, às margens das águas caudalosas que me lembravam ressacas.  Respirei fundo.  Não passei mal.  Não tive falta de ar. Um-m.  De repente o guerreiro tem razão?

Ele sumiu na bruma, assim como reaparecemos só no quarto.  O fato é que o dia nasceu azul.  Meu marido me deu uma fungada no cangote em vez de abrir o computador.  Disse para mim mesma: --Que lindo dia!  Que dia feliz!

Espero que vocês também recebam uma visita dessas quando dela precisem.  Até nosso cartão de banco funcionou hoje!

16-03-2007

Feliz dia de São Patrício!, por Nicolas Rouquette

Já é dia de São Patrício no Brasil.  Ele era francês, monge, foi para a Irlanda, que era pagã.  Tinha um tamborim, no qual batucava com uma vareta.  Assim foi que as cobras  foram assustadas  penhascos abaixo e até hoje a Irlanda não tem cobras.
São Patrício andava pela Irlanda a fora com trevinhos nas mãos, os shamrocks, que têm nome científico brasilis.  Era com os trevos que ele explicava a noção complicada da Santíssima Trindade: três folhas em um trevo.

Aqui nos EUA é uma festança nas grandes cidades com muitos americanos de ascendência irlandesa.  Em Chicago jogam pintura verde na água, em todas as cidades onde há trocentões de "irlandeses" é uma baderna só: Chicago, Boston, New York...  A comida tradicional é batata, corned beef, carne fatiada curada, repolho e muita cerveja verde.  Sobremesa verde. Nós celebramos cada feriado nacional de cada povo daqui mais que no próprio país de origem deles.  O Cinco de Mayo é mais tchã aqui, Columbus Day idem (12 de outubro para os italianos, Día de la Raza para os nativos), nós gringos somos assim exagerados!

Só que há dúvidas sobre São Patrício, se ele existiu ou não, assim como São Jorge não existiu, dizem.  Eu vejo São Jorge lá na lua, sempre que tem lua.

Detalhe de que me esquecia.  No dia de São Patrício use qualquer detalhe verde ou periga levar uma beliscada.  Existindo o santo ou não, abusado abunda neste mundão de Deus.  Se quiser levar beliscão , vá à luta sem verde.

Quê mais?   O inglês da literatura irlandesa é muito diferente, como são diferentes todas as variantes da língua.  Gosto do inglês da Irlanda, gosto dos grandes da literatura deste país tão pra lá de oprimido pelos inglêses: Becket, bilíngüe, e Oscar Wilde, já chega né? Alguma coisa boa sempre me acontece no dia de São Patrício.  Tinha uma diretora nojenta de implicante, não é que minha avaliação foi no dia 17 de março?  A gurizada se comportou e quem foi embora foi ela. Amanhã vamos sair nós três.  Vai ser muito legal. Se Deus quiser.  De noite deve estar um post meu na Lágrima Psicodélica, finalmente, um da série "Canções de amor e ódio  do Bob Dylan."  Meu ídalo. :Wub:

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09-02-2007

Comer gaúcho? É pra já! Fogo de Chão, por Nicolas Rouquette

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Escrevi um post sobre o restaurante gaúcho Fogo de Chão quando o visitei pela primeira vez. Vou escrever outro post porque aquele está arquivado e estou com muita preguiça hoje.
Fui ao restaurante com a família inteira, minha mãe ainda saía a espaços públicos. Notei como era profissional o serviço, hospitaleiro mesmo, veio a gerência nos cumprimentar, checar se estava tudo bem. Tratamento como se fôssemos parte da lista A para a festa do Oscar©.

Aí reparei que os garçons, todos de bombachas, eram muito bonitos mas reservadíssimos. Gosto de ser piadista. Minhas piadinhas caíam no chão, sem audiência por parte daqueles rapazes guapos com espetos enooooormes de todos os tipos de carnes. Soube depois que gaúcho é assim mesmo. Leva um tempo pra ficar no ponto de conversa fiada de um carioca.

A churrascaria é um dos restaurantes mais bonitos da Grande Los Angeles. À entrada há uma vitrine com pedaços grandes de costelas com carne, assando em fogo ao rés do chão, daí, fogo de chão. A chaminé é azul cobalto; é o marco para os que procuram pelo restaurante.

Dentro dele, após passar por uma porta com o desenho da superfície brasileira em baixo-relevo, os tons são cálidos. Em tons de laranja, âmbar, em formatos de um-quarto de esfera, penduradas por correntes grossas, a beleza das luminárias adiciona estímulo ao paladar. Há um mural de gaúchos em uma das paredes, do outro lado do restaurante um bar, quisera beber para me deleitar em seu ambiente refinado e quem sabe arrastar um milionário de 132 anos para mim.

A limpeza do Fogo de Chão é suíça. Tudo é impecável. Não é que dizem que é o olho do dono que engorda o cavalo? Pois é. Fogo de Chão é uma grande família.

Meu grande amigo, o poeta laureado, sempre diz que devemos fazer como na Bíblia, começar pelo melhor do pedaço (Bodas de Canaã.) Tava faltando vinho na festa de casamento e a Maria roga ao seu filho que ajude a família sem vinho para seus convidados, uma falta grave para os judeus. Ele fala grosso com a mãe: --Mulher! Bla, bla.-- Mas faz o milagre do vinho. Um conviva se injuria e fala com o pai da noiva: --Mar colé? Você maloca o vinho bom pra final?

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Daí a regra de servir primeiro o vinho bom. Sempre marco touca nessa. Vamos ao melhor e mais importante: a comida.

Você não precisa ser carnívoro para apreciar a melhor churrascaria aqui ou no Texas ou em Chicago, ou São Paulo ou em vários outros locais aqui nos EUA. Os legumes, saladas, guarnições, tudo é tão incrivelmente fresco --êpa! -- sem segundas leituras. Os aspargos, corações de alcachofras e palmitos são de um tamanho jurássico. O agrião vem limpíssimo, coisa rara por aí. Tem um monte de saladas que brasileiros servem aos domingos: salpicão, salada de batata, tem pimentão grelhado em uma festa multi-colorida de pimentões: verdes, amarelos e vermelhos, queijos e pães, molho à campanha, frios. Só as saladas já dão pra alegrar um ser faminto.

Quando as carnes começam a passar os carrnívoros ascendem ao seu nirvana gastronômico. É alcatra, fraldinha, picanha, filé com bacon, filé com alho, "cordeiro" (jamais poderia tocar em cordeiro, lembra Igreja Católica) e tem até costela cortada pra gente.

Embora o sistema seja como o do Marius, bolacha verde/bolacha vermelha, ou seja churrasco corrido, não é que esses homens boa-pinta seguem trazendo as carnes? Ai, tentação, ai a gula.

E tem o pão de queijo, a banana cozida, farofa(a minha é melhor) mais arroz e feijão? Ahh, o delírio de refrigerante no exterior: guaraná diet da Antártica.

Agora, depois de meses de escapulidas na hora do almoço para ir até o Fogo de Chão, vejam que maravilha, as fotos aumentam de tamanho, os rapazes estão mais à vontade. Ontem um deles até piadinha de futebol lascou pra cima de mim. Nunca sei de nada dos resultados, sei que todos da casa são "Colorado". Ele me contou como o Inter fez gol no final do segundo tempo contra ... o meu Botafogo. Acho que isso quer dizer que já somos amigos... Viramos cariúchos?

08-02-2007

Brigadeiros, por Nicolas Rouquette

Ingredientes:

! lata leite condensado ( Eagle Bran)

3 colheres sopa de chocolate em pó, Nescau, ( Hersheys )

1 colher de sopa de manteiga

Um punhado de açúcar ou enfeites

Modo de preparo:

Derreta a manteiga. Adicione o chocolate em pó aos poucos e o leite condensado, sempre mexendo. Quando estiver desgrudando da panela e bem grossa, a mistura está pronta.

Deixe esfriar por mais ou menos três horas.

Passe manteiga nas mãos.

Faça bolinhas com a massa e cubra as bolinhas com o açúcar ou enfeites.

Depois de colocados em um prato, estão prontos pra servir. São o sucesso nas salas de aula.

Receita de Marcia Leite, em D.C. Aquele abraço!


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27-08-2006

Domingo...pede cachimbo, por Nicolas Rouquette

Foram muitos os anos em que ouvi essa expressão do tempo do onça, domingo pede cachimbo, e entendia domingo pé-de-cachimbo. Não sei onde ou como ou quem me esclareceu que naquele tempo os homens relaxavam de árduo trabalho durante a semana fumando cachimbo.

É mais ou menos como uma boa refeição pede um bom vinho.

A única diferença que reparei hoje no orkut.com foi relativa a perfis falsos e menores de 18 anos, imediatamente retirados do serviço. O resto, que não é novidade, sempre existiu, as tais das novas regras, estão aguardando quem as ponha em efeito. Minha coleção de scraps está linda, muiticolorida, multicultural, cheia de expressões que pedem serviços sexuais dos mais variados. Tenho a impressão de que se a miguxada pudesse votar e eu fosse cidadã brasileira, meu camarada Lula estaria em perigo. Ah, o fascínio do desafio ao poder parental! Podem ir ver, nada vai sair de lá tão cedo; comunicações feitas desde 4/8: perfil de Tina Harris.

Li em um blog, com direito a ilustração uma piada de camiseta: Enquanto o povo está na ... m__da, ...Lula lá!
Achei muito engraçada a piada do Esculhambação mesmo sendo petista. Estive no Rio em outubro de 2002, na esperança de vê-lo vitorioso. Desapontada naquele turno. Acompanhei a vitória do Lula daqui.

Hoje prometo a mim mesma que vou buscar meu LP da Gal Fa-tal com a música mais incrível do Jards Macalé, Vapor Barato. Não compreendo porquê o Macalé ficou meio que à margem do sucesso dos demais da era pós-Tropicália. Esta música é a que tem o verso --meu casaco de general, cheio de anéis -- antes que a Gal solte a voz com --Ó minha honey, ba-bee, honeybabee-- Sim. tem o Movimento dos Barcos, Macalé tem muita coisa boa que sumiu.

Lembro de partes da música, embaçadas nos recônditos da memória, assim como vago é o Pier ou são as Dunas do Barato do Posto 9, plano hoje. Vejo os peitinhos ao ar livre, os sovacos cabeludos, as conversas desconectadas, algumas embaladas a sei-lá-o-quê, outras não. A promíscua intimidade de celebridades, gays, garotas-de-programa (que talvez hoje encontrassem melhor vocação e fama em fotologuismo.)

Ipanema03

Ano passado pensei que ia chilicar no Hipódromo da Gávea. Havia esquecido completamente a noite carioca, as espécies, a flora e fauna, o barulho, o fenômeno mesão. Havia uma fartura de espelhos nas colunas que nunca sabia para quem e onde eu olhava. Gringo com deusa de ébano, gays, lésbicas com bebês nos buchos, as tais produções independentes, até celebridade tinha nesta noite. Só não tinha comida de verdade e eu não bebo mais.

E não consigo agüentar barulho mais. Antes de partir para o hotel, o flanelinha. Gosto do Bar Lagoa, o Diagonal ainda é bom; só que a fumaça de cigarro entra pela parte "não fumante". Não há portas. Curto o Fiorentina, aberto até tarde e com vista do Leme. O Siri Mole é excelente mas a gente sai de lá vestido com a barrica dos camarões. É muito caro.

Tanto o Bar Lagoa quanto o Café Lamas continuam com garçons à antiga, alguns com seu proverbial mau humor, outros que até se lembram de mim. O Lamas, onde se encontravam os escritores do tempo do Machado de Assis, era fascinante. Ficava aberto o dia inteiro, 24 horas, tinha o mesmo cardápio, fosse hora de café, almoço ou jantar. Havia um espaço antes do restaurante onde estavam à venda jornais, frutas e miscelâneas. Quando se mudou para a Senador Vergueiro perdeu charme.

A Colombo, será que já fechou de vez? Suas prateleiras estavam nuas quando fui lá. E o Palheta, que servia waffles e banana split, perto do ex-Metro Tijuca, será que fechou também? O Odeon, que sempre estreava os filmes "históricos" italianos já faz é tempo que fechou. Steve Reeves, pra lá de musculoso, atrizes lindas com seios arfantes, Os Últimos Dias de PompéiaBen-Hur, os leprosos, que cena inesquecível, que filme glorioso lá no Metro Tijuca! O Festival Tom & Jerry , primeiro domingo do mês e eu ia sozinha ao cinema, com oito anos de idade.

Mais tarde, a barca Rio-Niterói para assistir aos vídeos de rock na UFF, em telão. The Cure, David Bowie, todos aqueles vídeos manjados de 80-85. Os Smiths não gravam vídeos, por pureza. E o Morrisey dizia que não transava sexo. Tá. Minha mãe diz a mesma coisa.

A barca mais ou menos fecha meu ciclo Rio de Janeiro. Mommy gostava muito de ir a Paquetá estudar para o concurso. Esta barca levava quase três horas para ir e outras tantas para voltar. Cantareira.

Quem sabe essa: Bonito como o feofó do cabrito? de Rio Largo, AL

Bodinho

Ainda no setor transporte coletivo, um dia, meu grupelho Libelu foi fazer agit-prop nos quintos dos infernos. Entramos no trem da Leopoldina, quase seis da tarde. Não entendemos por que ninguém se sentava. Tudo amontoadinho perto da porta. Uma parada e o trem, antes vazio, encheu. Próxima parada, logo em seguida, implacável. No máximo quinze segundos e só conseguimos descer em ... Duque de Caxias. Nossa missão de salvar o povo brasileiro das garras do imperialismo foi abortada aquela noite.

Quem já ouviu o Carioca do Chico Buarque ? Ele é paulista, como gato que nasce no forno é biscoito. Gosto muito de Outros Sonhos e Dura na Queda.

Antes de desejar uma boa jornada de trabalho e estudos para vocês, quero responder a duas perguntas. Deletei meus blogs porque vi no Sitemeter® que buscavam meu endereço e telefone. Entre os blogs cheios de detalhes da família e da minha casa e a segurança da minha família, minha família. Bom, tinha decidido não aproveitar nada do UA antigo. Recebi alguns telefonemas e mails para que republicasse. Vou republicar mais tarde quando estiver mais fria. Agora ainda é uma dor ver meu blog antigo mesmo que fosse tosca a produção de BlogSpot.

Há blogs e sites novos, um só de perfis de candidatos 2006, confiram. Ainda não terminei a lista.
Até breve!

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