Há muito que ler no Universo Anárquico®, a maioria escrito por mim, Tina Oiticica Harris, americana nata, filha de uma alagoana e de um americano de primeira geração, que estudou em escola bilíngue em 1927. Grego lido, escrito falado. Minha mãe saberia o nome dado a quem nasce no seu aniversário, 88 ou 22, dependendo da perspectiva de quem segue o ano gregoriano.
O Romullo Pontes, movido a sentimento de culpa, o motor de tantos na humanidade, apareceu aqui esta madrugada para deixar comentários. Ele é o carinha no banner Blog do Noel. Gostaria mesmo de conhecê-lo ao vivo pois ele veio do nada para ser reconhecido na blogosfera nacional. Dois anos de trabalho em cartografia para a extinta FUNDREM-RJ , quando regiões metropolitanas eram moda, me deram a oportunidade de conhecer bem a região Oeste e vários municípios do Grande Rio. O trem já era mas quero ir lá na casa do Romullo assim mesmo.
Blogo porque gosto de blogar e comento porque gosto de comentar. O Carlos Cardoso escreveu um post que está nos del.icio.us da vida sobre como falar mal de Fulano atrai tráfego para Fulano e não para o Cardoso. Na minha avançada idade, 55 anos, e débil estado de saúde, estou fazendo exames pré-operatórios para drenar meu cérebro e assim endireitar a hidrocefalia, tudo toma outra proporção. Calculo que tenho esta condição médica desde 2003. O Big Kahuna, Dr. Bergsneider, meu cirurgião, no Hospital_Escola da UCLA-Westwood, disse que a única razão para uma pessoa de idade média como eu ter hidrocefalia é meningite, que não tive. Disse que há uma ligeira co-relação entre desordem bipolar e hidrocefalia na meia idade. O resto dos casos é de bebês e de velhos.
A vantagem que tenho sobre os bebês e velhos é que meu cérebro tem uma flexibilidade mais adequada ao sucesso da operação. Morro de medo de anestesia porque minha tia Zenaide morreu de choque anafilático no meu aniversário. Meu tio viúvo ainda vive, é nosso primo, milico, muito inteligente e doido. Sua filha ficou doida também.
Passei duas semanas na UCLA-Weswood, uns três dias estendida em uma estreita maca no corredor da emergência. O serviço de enfermagem é filipino ou soviético e uma bosta. O hospital é semi-público. Ah-ha! Mas o Saint John's é uma bosta também. É que enfermagem dá dinheiro rápido, seguro, sem os riscos de carreiras em discotecas.
Os residentes são um ONU, coom destaque para o pessoal do Oriente Médio e da ex-USSR. As chefetes residentes são de uma arrogância além do imaginável. Perto delas, sou São Francisco de Assis. Putzgrila. Uma delas entra no meu quarto dita seu parecer, sem explicações, digo que não quero agulhas em minha casa e a bitch retruca que é minha responsabilidade guardar meus remédios longe do meu filho.
Ora pipocas, (pipocas são a última obsessão do Lucas Guedes). São os dois os que cortam e guardam minhas medicações desde que minha mão esquerda ficou dormente e juro que não foi siririca. Foi em 2004. As diferenças de opinião das soviéticas fariam qualquer bistrô alegre até altas horas. Uma era pelos Romanoff porque o povo não sabe escolher. Outras eram pela separação das repúblicas e outras a favor da União. Todas concordaram que o hino da União Soviética era muito mais bonito que o atual da Rússia.
Voltei para casa no dia 15, depois de esperar três horas pelo Big Kahuna. Agora, vou de médico em médico para ser liberada para minha operação. É um saco e as terapeutas em casa, nem vou começar a contar. Há nove anos que não trabalho para ninguém e fiquei assim esquisita. Nõa gosto de gente metendo o bedelho nos meus assuntos. Nisso, o Brasil é insuportável, como Achismo, criação morfológica do baiano Fernando Sampaio. Outra coisa abominável e impossível é o cigarro, meu amigo de tantos anos. Acho que estou com um princípio de obstrução pulmonar. Ah, se os fumantes soubesse que não tem volta. E é só isso o que tenho a dizer sobre aquilo, como dizia o Forrest Gump.
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