Preta Preta Pretinha - Fábula musical, por Nicolas Rouquette
Havia uma vez
um gato pedrez
que soltou um pow
para nós três
Um dia de sua vida solitária, trancafiada em sua mansão totalmente capitalizada pelo banco, Preta Preta Pretinha teve um sonho. Há muito não queria ser uma negra gata, azarando o povo por aí. Queria azarar no bom sentido, sair por aí, abrir as janelas e portas, encontrar algum outro gato para compartir suas ansiedades felinas. Como na música dos Novos Baianos F.C. Implicava com seu nome. Ora veja, um nome com arremedo de reduplicação e diminutivo ainda por cima! Ela deveria se chamar Kitty, um nome real de gata e estrela de cinema socialite, a legendária Kitty Carslile. Preta Preta Pretinha já havia visto "Uma noite na ópera" um trocentão de vezes, onde a linda Kitty cantava. Quem iria ouvir cantar uma Preta Preta Pretinha? Já uma Kitty branquinha era caso diferente. Este é o sonho da Preta Preta Pretinha.
Sonhou que era branca. Branca, branca, branquinha. Chamava-se Kitty, como a atriz e cantora do filme "Uma noite na ópera". Seus donos, californianos, sempre estavam assistindo ao filme, alugado do Vidiots. Ela gostava da cena do camarote cheio de gente *spoiler* pensou. Gente, até em inglês estava pensando. Será?
Ouviu vozes. Eram em inglês. Havia um "baby". Isso ela sabia dos tempos dos Novos Baianos. Uma coberta para rainhas, lilás. Seria da Baby? Da Patricia? Sofia? Isto é que era realeza. Um jamais vu. Acordou Kitty, na California, deixou seu sobrenome para semente. Padroeira das artes. E que artes!
Moral da estória: É tênue a linha entre realidade e fantasia.
Li ainda agora o Cintaliga, que me deu a inspiração para esta fábula. Luciana gosta de filmes antigos, Patricia gosta do Tuca; Patricia e Tuca querem uma filha. Luciana e Patrícia são donas do Cintaliga, cuja leitura está sempre atrasada. Caiu no dia certo hoje.
A cor oficial do Cintaliga é lilás e matizes.
Não fui convidada desta vez mas conheço o Bairro Peixoto, também, terra de ciganas, sagüis e Rio Antigo, só que com prédios. Do outro lado, o cemitério onde passou-se a história "Flor, telefone, moça" -- em algum lugar deste blog em audiovisual, dica do Alexandre Inagaki. Sem mais, direto do MacBookPro de Tina Oiticica, que procura um tecedor mestre (webmaster) para esta anarquia aqui, Os Novos Baianos mandam em Preta, Preta, Pretinha.
P.S. A I-5, lamuriada ontem neste blog, volta ao mega-incêndio. Google News.
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Perdi todos as minhas senhas. Peço ao pessoal que tem blogs com senha que me permitam passagem através deste IP porque já desisti de decorar um trocentão de senhas.
Obrigada.
Posted by: tina oiticica harris | 21-10-2007 at 09:03
Testing
Posted by: TypePad Support | 21-10-2007 at 11:52
Oi Tina! Menina, que Preta, preta, pretinha linda!!!!!
Em casa eu tinha a AnaBella Gorda, do Jorge Ben, quando era só JOrge Ben. Tenho a Magrelinha, do Luiz Melodia.
Não esqueça de passar filtro solar nas orelhas dela, quando sair de casa.
Beijos
Posted by: Flávia Nogueira | 23-10-2007 at 05:43