Abobrinhas Americanas -Malibu, por Nicolas Rouquette
Os incêndios justificam amplamente apoio à energia solar e de moinhos de ventos. O vento que vem do nordeste, o vento de Santa Ana, é quente, seco e sabe a feijão moreninho de East Los Angeles, logo depois do L.A. River.
Os assuntos domésticos entram nos eixos, paulatinamente. Ainda em ritmo lento de blogosfera, resolvo meus problemas decorrentes da minha combinação de horror ao inglês cibernético, escrito por engenheiros no Japão e traduzidos a 3 centavos do dólar por qualquer um. Ainda não sei minhas senhas por aí mas não importa. Google não é verbo; é substantivo definido pelo seu TM. Eu sou Anarchic_Universe ou Universo Anárquico, ambos (SM). Isto não é para coibir ou cobrar pelo uso do duplo sintagma Universo Anárquico ou Anarchic_Universe em frases. É para usar na blogosfera, como título de blog(s) que visam ter lucro, comércio. Aprendi isso recentemente.
Li sobre isso. Tudo que queria era guardar a propriedade dos nomes enquanto blogs. Algumas medidas recentes na minha vida foram imperativas; outras, normativas, e outras ainda dizem respeito à minha vida particular.
Os moradores da California são escravos das intempéries clichês: fogo, enchente, ventos e terremoto. Além disso somos escravos das hipotecas de custo elevadíssimo, do seguro de saúde papo furado, tenho a impressão que todos acompanham as histórias dos incêndios que vão de Malibu a caminho de Santa Bárbara, pularam Santa Monica, e marcham ao sul, em San Diego. São áreas florestais perdidas, atestados do mar que não é de rosas daqui de Santa Monica, cujo distrito escolar, por exemplo, é unificado a Malibu. Em outras palavras, nossos impostos mais uma vez irão socorrer o pessoal que faz questão de morar em morros de barro seco ou à beirinha do mar.
Prontos para mais abobrinhas? São da horta.
As hipotecas são o cofrinho de empréstimos de crédito educativo de milhares de dólares, a UCLA não é grátis, gente boa. As hipotecas são o cofrinho das reformas consecutivas e refinanciamentos, são o resultado da era otimista da invenção da Internet.(ahem.) Nossa casa não vale nada. É o terreno que vale e é tudo do banco, até nossa entrada recente na disciplina fiscal.
Por isso, porque aposentado aqui recebe um miserê, por razões disso ou daquilo, nossa família tem um carro, despacha o aborrecente pra França, cortesia da família, e tenta ir visitar minha terra de criação, dos meus anos formativos, o Rio de Janeiro. Desconfio que o Rio e São Paulo, de que gosto também, existem só na minha imaginação. Têm ruas diferentes, são metrópoles metastizadas, conurbadas desde a Rio-São Paulo, a linha que sai de uma cidade até a outra. Em breve será a mesma coisa na opção via Angra dos Reis. É o progresso, é o tempo e tempo é dinheiro. Por isso me despeço aqui e prometo voltar pelo menos uma vez por dia.
Prontos? Acho que foi o Bob Geldof quem disse que as mocinhas cheiravam a urina. Assim, imagino que o círculo da vida completa seu ciclo com Time Is on My Side, dos Rolling Stones, 1964.
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