Rádio Nacional - Revista do Rádio, por Nicolas Rouquette
Antes de colocar a matéria na blogosfera, quero agradecer a vocês todos, desde os que são link do Universo Anárquico aos pré-púberes que buscam besteirol nos textos, e aos que têm ido ao Image Google. Ontem foi uma dia incrível.
Encontrei um link muito mais incrível: uma lista de pequenos QuickTimes da Rádio Nacional. Pior que quando usei o título "Estranho, Fantástico, Extraordinário" tive a impressão de ter lido ou ouvido a expressão antes. Era um programa do Almirante, que era tio do padrinho da minha irmã.
http://www.locutor.info/audioEradeOuro.html
Vocês não imaginam que tesouro. A queda de Hitler, a derrota de 1950 do Brasil contra o Uruguay, Carmen Miranda, espero que curtam esse achado.
Lembro-me da Rádio Nacional e do porre às sete da noite -- A Voz do Brasil. Aliás, às seis tinha a "Virgem Maria" com a qual implico pois virgindade é pra trouxa de lençóis alvos e imaculados. Cheguei aqui em 1957. Época áurea da Rádio Nacional. Perdi o grande pagode promocional do Cauby Peixoto. As meninas eram loucas por ele embora os rapazes murmurassem "30" ao ouvir o Cauby cantando "Conceição." Com seis são... Havia a rivalidade entre a Emilinha e a Marlene. Para documentar tudo isso a "Revista do Rádio" --ei jornaleiro! É essa que quero, o jingle era assim.
Dentro da Revista do Rádio havia a coluna das "Fofocas da Candinha." Tudo muito família comparado com as fofocas que leio na Net. Uma promovia a outra. O pagode promocional do Cauby foi simples. Usou roupa alinhavada e quando saiu da Rádio Nacional as mocinhas foram ferozes . Ele ficou de Ultraje a Rigor.
A bossa-nova e o rock jogaram a velha-guarda no lixo do cafona. A Tropicália resgatou uns e outros. Chico Buarque resgatou o Cauby, que nesta entrevista solta a voz em inglês, alemão, francês, e português. Brasileiro quando quer estraçalha.
Ah! O rádio. Fiz um a partir de um kit, a única vez em que demonstrei habilidade para isso. Morreu com o rádio a discussão à mesa mostrada no "Panis et Circensis." Sobrou o empanturrar-se assistindo às novelas Bobais.
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