Rá! Joguinhos podem viciar e outras curtíssimas, por Nicolas Rouquette
• Amanhã sai um link da Grande Abóbora. É sobre um post do meu
miskoto, em cujo DQJ comento invariavelmente. Este post foi um em que não comentei. O rapaz está com nostalgia da Internet pátio de recreio de pouquinhos; por um instante achei que ia falar no Mirc. Aí, com licença que vou vomitar.
•Aí o JMC, do Marco Aurélio, trintão, old também, comiserou com Gabriel Von Doscht. O Cardoso, que nunca foi simpático que eu saiba, mas sim, objetivo, saiu-se com um post sobre o culto à personalidade, uma análise hiperbólica e metafórica de segmentos da blogosfera. Tipo gente que joga um Chopehausenagger na margem do seu blog. Ou masi uma citação do Poe traduzido pelo Bodolére. Na cara que não era ninguém em particular. O blogueiro retratado tem Mac. O Cardoso tem Mac escreve em inglês muito bem; tem até seguidores de sua maneira de pensar.
•Os comentários no Contraditorium (link do Inagaki) pareciam apóstolos na Última Ceia: -- Sou eu, Senhor? Sou eu? E eu? DQJ é link da casa, JMC deve ser link de um desses blogs mais antigos.
Fechando essa bloguice, vem a notícia quente pacas. A American Medical Association encontrou motivos suficientes para que a PA, Psychiatric Association analise as desordens psiquiátricas decorrentes do vício gerado por videogames, joguinhos grátis na Net e criem uma nova desordem mental. Isto é muito importante para nós por causa de seguros médicos, que cubram tratamentos de viciados, mais regulamentação desses jogos infernais.
Sim, quem se vicia já tem uma tendência ao vício. Isso não quer dizer que a gente deixa tudo como está para ver como fica. Junto com regulamentação dos joguinhos virá educação dos pais (duas horas de Net por dia é o máximo recomendado pela AMA), investigação do que já sabiam os fabricantes de joguinhos. O link é este:
Marathon Sessions -Sick? Esta reportagem representa muito para mim. Hoje soube que meu filho, cujo QI é mais que o dobro do Forest Gump, vai repetir inglês. Ele fingia que estudava ou teclava seus ensaios enquanto jogava. Estava a um metro de mim. Em abril começou terapia pois sua negativa de uma evidente fantasia misturada com a realidade era demais. Já era tarde. Ele não parou. A cada intervenção do pai, Ph.D. em ciência de computadores, nosso filho conseguia re-instalar jogos. Até comprar jogo ele comprou, semana passada. Os mais jovens podem rir. Tanto Nicolas quanto eu triunfamos através do estudo. Minha mãe também, em seu concurso para o MRE. Só a morte de um filho pode ser mais dolorosa que a perda do filho enquanto vivo, de repente um estranho. Pior, um monstro. Há duas semanas que lutamos contra SMMUSD, pelos direitos do Gabriel, que tem ADHD, precisa de assistência dos que são pagos para tal: professores e administradores.
A professora de matemática apontou para vários alunos no pátio. Dizia: --Tá vendo? Tudo gracinha, obediente da boca pra fora. Não querem saber de nada. Sabe-se lá que os interessa.--
Compreendo que no Brasil a educação é mais casual, os pais são ou querem ser amiguinhos dos filhos, fumar bagulho com os guris. Pai e mãe eles terão só estes. Amiguinhos há de montão. No blog do Marcus Pessoa ( link no SdeE ) havia a mais aguerrida discussão sobre sexo para menores de idade. Na França a meninada está transando. E toma um copo de vinho de vez em quando. No Brasil tenho a impressão de ser reincarnação do Nelson Rodrigues comentando a indiferença do negro vendendo Grapete à beira da praia enquanto a menina de biquininho bebe no gargalo, gotas do mar brilhando em seu corpo.
Quê acham que poderia acontecer com um bando de menores embriagados em grupo sem supervisão? Que um deles vai dizer: --Quê isso, gente fina? Ca-mi-si-nha?
Me poupem de "Fulano é muito legal." Meu filho é muito legal. No momento está sob supervisão a cada momento, como deslizam, contra o maldito vício de joguinhos.
P.S. Peço que comentem sobre o post. A vida particular de outros blogueiros é de outros blogueiros. Seria possível usar um IP normal, com isso quero dizer um que não seja 189.xxx.xx.xxxx ? Obrigada.
Para todos nós ególatras, You're So Vain com Carly Simon.
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Muito sério seu post de hoje. Reflexão total...
não passei por esses tipo de problema com minhas filhas.
Valeu a carly simon.
Bom fim de semana, abraços.
Posted by: marilia | 23-06-2007 at 10:14
Criar filhos não deve ser uma tarefa nada fácil com tantas tecnologias de informação disputando a atenção das crianças e jovens. É tanto estímulo que as experiências acabam sendo precocemente incitadas. O resultado é uma mudança e padrões tal que, com sorte, só poderemos perceber daqui algns anos, quando já estiver consolidada (isso se o ciclo de mudanças constantes não se perpetuar ad infinitum).
Posted by: Gabriela | 23-06-2007 at 16:05