Sarkozy, Mme.Royal, Socialismo ou Barbárie?, por Nicolas Rouquette
Na minha outra encarnação, nos anos setenta, aprendi tudo que quis sobre Trotsky, Marx, Lênin. Ninguém de são juízo lê Marx. Só artiguinhos, tipo o "Dezoito Brumário" e algum artigo de economista brasileiro que explique "mais valia" e outras idéias do homem. De Lênin todos tinham que ler o "Que fazer?"
Do Trotsky, um escritor brilhante, a gente lia tudo que podia. O livro dele sobre a Revolução Russa é enorme. Li. É muito bom. Gostei do "Arte e Revolução." Ele era visceralmente contra a arte de realismo socialista. Vi uma série de filmes da china dessa linha. Os protagonistas eram soldados, operários e camponesas, no fundo um céu azul e torres de energia elétrica.
Sem comentários e é verdade o que digo.
Da teoria do Trotsky só me lembro que a revolução é:
•internacional -- se a revolução não contaminar os países todos, fossiliza e morre, como foi o caso na União Soviética.
•permanente -- revolução que se preze está sempre se transformando ou fossiliza também. Exemplo: União Soviética.
•contínua: -- acho que ele se refere à necessidade de seguir com os preceitos revolucionários.
Sem revolução, sem socialismo, seria a barbárie.
A França, Hazzmanazz, os EUA, o mundo... Ah, estamos vivendo os tempos de bárbarie. A barbárie está no centro do imperialismo, farinha pouca meu pirão primeiro, vamos invadir o Iraque mesmo sem causa, para que tenhamos mais e mais e mais. Poluição, achatamento salarial, tudo isso é barbárie.
Os países europeus, que tiveram um simulacro de conquistas democráticas através dos movimentos operários, estã apertando o cinto. E a gente que se dane. Não é Sigolène, não é Blair, é o mundo, os mesmos 1% de sempre que mandam nos governos. Estes conhecem duas frases: sim, senhor e já, senhor, agora mesmo.
Só que dizer que Sarkozy e o partido socialista são a mesma coisa é incorrer no erro da campanha de 2000 aqui, em que um bando de iluminados apoiou o Ralph Nader. As conseqüências estão aí.
Bill Clinton era centrista. Tomou muitas iniciativas pelo povo e algumas do ipo que Sarkozy quer adotar. Bill Clinton pôs um prazo de uso do seguro social/desemprego, AFDC. Na França há muito abuso, independente de raça ou religião. Na Alemanha também. Se este tipo de auxílio do governo deve acabar, não sei. Já que o assunto interessa vou dar uma estudada no que encontro.
E agora tchauzinho, mesmo.
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Bem, já que fui citado, a culpa também é minha, já que não me expliquei direito. ;-)
Se eu fosse francês, votaria em Ségolène, não em Sarkozy, pela sua plataforma e pelas suas idéias, que se não são perfeitas, parecem ser de melhor intenção que a dele.
Mas os dois, é bom frisar, não são farinha do mesmo saco, mas compartilham claramente várias opiniões em comum e é isso o que acho mais preocupante (já que eles se dizem tão diferentes um do outro).
Clinton disse certa vez que é preferível um Yeltsin bêbado, já que este morreu recentemente, do que vários dos outros pretendentes ao "trono" russo, sóbrios.
Yeltsin não era exatamente flor que se cheira-se, compartilhando vários pontos de vistas de seus camaradas, mas com ele era possível um diálogo.
O mesmo vale para Ségolène.
Quanto a barbárie, é bom lembrar que a primeira coisa que os índios brasileiros - aí pelos lados da sua terrinha, por falar nisso, no Nordeste :D - fizeram quando viram dois batedores portugueses, foi dar um banho neles, já que os europeus não são muito conhecidos pela sua asseidade.
Quem duvida, que vá visitar um castelo na Europa.
Beijos
Posted by: hazzamanazz | 01-05-2007 at 16:36