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12-02-2007

Comentários? Ninguém sabe, ninguém viu, por Nicolas Rouquette


Um amigo do J. Noronha passou esta corrente que me foi passada. Acho que é sobre comentários, logo um lance que não conheço bem de primeira mão. Comentário no meu blog? Como trato os comentários?

Quando tenho comentários eles são impressos e vão para o meu altar de umbanda com a torcida de que se multipliquem. Também não quero comentário em excesso. Houve um blog juvenil que plantou uns links de um post metendo o malho em uma banda juvenil, Gúdi Xarlótchi. HoUvE mais de mil comentários, ToDos, AxIm. Foram 1.260 comentários. O blog não sobreviveu e a praga deve ter sido tão forte que o blog que foi criado por um membro do blog original tampouco vive. Está aparentemente comatoso.

Leio cuidadosamente minha listinha de visitas, quanto tempo de visita, palavras chave, faço no olhômetro o que o Edney faz na matemática.

Quando o comentário é malvado eu o mudo. Parei de fazer isso. Era divertido ter um comentário: --Tina, você é &^%$*(@ e criar --Tina não posso viver sem você.

Quando há alguns comentários que necessitam de esclarecimentos prefiro escrever mail. Gosto de mail. Já ouvi falar que mail está morrendo. Acho uma pena.

Alguns dos jovens que ainda são parte dos blogs com link ao meu dizem que não comentam porque escrevo bem demais. Acho que é o maior papo para boi dormir, no caso aqui, para a vaca dormir. Até parece. Escrever comentário é chato, encontrar o que dizer pra não parecer pateta, caso algum blogueiro da lista cinco estrelas esteja lendo não só meu blog mas também os comentários, é muito trabalho.

Gosto de comentar, gosto de receber comentários. Acostumei-me à realidade attu.typepad.com/ No hay comentários. Só da galera blogueira de sempre.

Quando comecei a escrever, em um concurso do blog juvenil defunto, aliás, fui aconselhada a adotar o estilo post-figurinha: Texto-figurinha-texto-figurinha-texto. Só que não sabia colocar figurinha no texto. Escrevi um post em homenagem ao tio Cajuza, o José Leite e Oiticica. Chamava-se "O dia em que descobri que tinha super-poderes." Está por aí neste blog, se não vai voltar. O post foi pixado à beça. Era longo, não tinha figurinhas e era cheio de "neologismos" -- dessa ri muito, eram anacronismos, talvez.

Ontem estava de papo-furado no e-mail com o Moziel do Busilis. Ele contava do seu tempo de iniciante, em 2001, quando escrevia verborragicamente (a carapuça não entrou, bicho.) Enquanto puder, vou escrever do jeito que sei. O Doutor à Toa é quem sabe de inferninhos na Lapa, no Rio de Janeiro, onde por um real os rapazes se viram: são dez minutos do que der pra fazer em dez minutos.

Pior é que sou lenta para ler também. Sorvo as palavras, dou-lhes voltas dentro da minha boca, cuspo as de que não gosto. Palavras de comentários ou mail são bem-vindas, sim. E olha que sou que nem o papagaio do português.

O português foi comprar um papagaio. Regateou tanto com o vendedor que este ficou pau e lhe vendeu uma coruja. Chegou o português em casa, contente, trazia no braço aquele papagaio cinza, a Maria perguntou:

--Ora, Manuel, mas este papagaio não fala nada?

--Falaire, não fala, mas presta uma atençãoooo!

Sei que "falo pacas." Poucos sabem tal a coruja presto a maior atenção e como as aliás, não esqueço jamais.

Ih, já estava esquecendo. É para passar para cinco outros mas isso eu não faço. Nunca passo corrente, meme, mimi ou o que seja. Sorry.

Só presta atenção quando está em estado de hyperfocus. É engenheiro.
Nico



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Comments

Ed

Acho que você não recebe muitos comentários porque você é muito razoável nos seus textos - e isso é ótimo. Se você escrevesse do modo como pensa em verdade, eu tenho certeza de que este seria um espaço de discussões acirradas, graves mesmo. Mas você é comedida, pelo menos aqui. Prefere responder por e-mail, como bem disse, e assim revela-se mais. Eu não conheço você pelos textos que posta, mas pelos e-mails que trocamos. Você é multi. E eu gosto disso.


Tina, você viu que foi linkada pela Paris Pinheiros? Se não, está nos meus links. Vá lá.

Abraço.

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