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setembro 2006

30-09-2006

Contos de Idade Média 3 --It's Alright in High Society, por Nicolas Rouquette

Azaleas

Conto número 3

Carolina Cecília da Graça Coelho deixou que seu "maridão" seguisse para a festa dele antes dela ir para a sua. Seu vestido era fininho, de uma seda quase lilás, sua calcinha de papel, um truque que uma roqueira lhe tinha ensinado. A calcinha extra estava na bolsa de prata, herança da bisavó, feita de malhas minúsculas do precioso metal. Sua maquiagem era mínima, pra evitar que se lambuzasse de cosméticos.

Estava pronta para a putaria, num prédio ao lado do Hotel Meliá. Tocou na porta, pediram-lhe o nome completo, entrou. No ar, uma fragância que só podia ser Paris do Yves Saint-Laurent.

Minúsculas velas boiavam em pratos cheios de água colorida, pratos de cristal, discretamente colocados entre as mesas do salão. Até aí ela gostou. Toque feminino na decoração.

Os quitutes eram todos uma só maravilha: queijo brie com maçã no forno, pedacinhos só pra inglês ver, que todas as senhoras deviam estar de dieta mesmo. Abacaxi com presunto fatiado, quase tudo doce e sal, que beleza!

E a música, que música! Simone, Bonnie Rait, Fagner, "Ai Coração Alaaaaaado, Desfolhareeeei"

Um susto! Ao mesmo tempo em que rolava "Let's Dance" seu olhar ficou hipnotizado por alguém que só podia ser ele -- David Bowie. De terno folgado branco, chapéu, dançando sozinho, até os olhos um da cor diferente do outro, mas não era possível. Em Maceió? E ele olhava pra ela também e sorria um sorriso Colgate, dentes perfeitos, Carolina Cecília sentiu as pernas bambas, como se fosse desmaiar.

Antes que fizesse um papelão e se estatelasse no meio do pessoal dançando, ela sentiu David Bowie sustentá-la em seus braços, murmurando -- Agora temos que dançar, minha boneca de porcelana...

Dançaram como se as musas gregas os guiassem. Ele não era o David Bowie, era um industrial de águas minerais; chamava-se Francisco Leite. Apertava-a sem que ela ficasse tolhida. Subitamente meteu uma das mão debaixo do seu vestido. Ela, trêmula de antecipação, consentiu. Ele rasgou sua calcinha. Ela arfava que parecia uma locomotiva saindo da estação.

Francisco, cuja mão estava mais melada que quando se limpa jaca mole, trabalhava na Carolina Cecília com afinco. Depois de uivar umas cinco ou seis vêzes, ela pediu arrego. Já tinha recebido mordidinhas, lambidas, beijos mais possantes que limpeza dental ou desentupidor de pia, tudo com classe. Ela queria levá-lo pra sua casa despeito ele não deixar que ela tocasse nas suas partes íntimas, ou que fizesse carícias nos seus cabelos. Disse que tinha uma síndrome de dor. Que pena.

E nesta festa esplendorosa, Carolina Cecília lixou-se para as iguarias, a decoração, o Paris do Yves Saint Laurent. Francisco havia exumado a mulher que ela havia sido e era outra vez. Não havia nada entre ela e seu marido há anos, exceto os negócios em comum.

Chegaram Francisco e Carolina Cecília à casa de Carolina Cecília. Ventava muito, era noite, à beira da praia, num pontal, num gesto distraído...

Francisco tentou ajeitar seu chapéu em vão. Levou o chapéu o vento. Carolina Cecília viu uma basta cabeleira loura a voar romanticamente. "Francisco" se grilou. Tudo acabado? Uma mulher tão fogosa?

Carolina Cecília pensou, tudo isso numa fração de segundo. Seu marido era do gênero: trepou, virou, roncou. Francisco lhe dera um prazer que há anos não sentia. Perguntou a Francisco:

-- Quer ficar comigo até que nossa relação dure?

--Você... Me quer, sabendo que sou mulher? estava boquiaberto "Francisco"

-- Claro! A gente diz que você é uma das minhas primas de Penedo e acabou.

Nisto toca o celular e é o Eduardo. Carolina Cecília, numa voz determinada e seca, diz lhe que vai entregar pelo menos suas roupas amanhã. Repete pra ele sua função, que ele era marido
que :trepou, virou, roncou. E lhe disse --Basta! --antes de bater o telefone de vez.

Eduardo reflete, pois é, castigo, a vida é assim, e nisso, do fundo da auto-flagelação, vislumbra seu salvador: Heleneza! Liga pra casa dela, faz de conta que não está numa trampa de fazer gosto, se convida pra casa da Heleneuza, que lhe responde:

--Ah, safadinho, Eduardo, você quer mais, hein ? Mas meu bem, desta vez vai sobrar pra mim também, okay, xuxu ? Pode vir agora...

Eduardo respira fundo, pensa bastante e se lembra que araruta tem seu dia de mingau. E ninguém vai saber mesmo... E quem sabe se é bom mesmo ?

Contos de Idade Média 2 -- It's Alright in High Society, por Nicolas Rouquette

Marilyn48


Conto número dois:

Chegaram em casa simultaneamente, ambos com olhares dissimulados. Eduardo da Graça Coelho e sua belíssima mulher, Carolina Cecília viram-se no elevador que os levaria até a cobertura em que co-habitavam, na Pajussara, em frente ao Juquiá. Todos os grã-finos de Alagoas se conhecem mas ninguém os conhecia no prédio. Tanto melhor assim.

Falaram quase ao mesmo tempo que tinham uma festa pra ir. Ele, uma só pra homens, ela, uma só pra mulheres. Havia um brilho difícil de disfarçar nos olhos do casal. Entretanto, como já havia tempo que estavam crescidos os filhos, cada um sabia de si, desde que as estórias não caíssem na boca de colunista social.

Foi ele pra sua festa, que era na verdade o que meus pais chamavam de bacanal. Não era dessas festas com lista de convites. Era tudo convite de buxixo entre amigos. Não via chegar a hora. Entrou num vasto salão. Ih, tá como o diabo gosta! Cada mulherão! Música disco, canções da Liza e da Barbra, até Y.M.C.A. estava tocando. Tomou uns martinis de mangaba, a última moda em Maceió, sua cabeça começou a zoar levemente.

Nisto chega-se a ele uma loura fenomenal, pra ninguém botar defeito, exceto o nome: -- Heleneuza, ela suspirou. Ele já estava acostumado à mania de certos pais de juntar seus nomes e assim castigar seus filhos para sempre. Ela tinha uns peitões, um bundão e era testuda, ele sentiu quando dançaram uma canção antiga do Fagner. Era desafinada mas enfim ... era gostosa.

-- Vamos pro balcão, ela sugeriu.

Boa idéia, pensou ele. Lá ele tarrava ela legal, antes de se contar até cem. Começou aquela bolinação, ela era bem saidinha, ele cada vez mais atrevido mas ela não queria saber de intimidade nas partes íntimas.

-- Só de costas por questão de segurança sexual, meu bem, okay? Sussurou Heleneuza naquela voz um pouco rouca que o estava botando louco.

Ela virou-se de costas e ele foi sentindo suas nádegas, já com a barriguilha aberta, a minutos da consumção do ato. Pensava no prazer de variar porque sua mulher jamais o deixava entrar pela porta de serviço. Dizia que era nojento. Ha-ha, ia ser uma delícia!

De repente, Heleneuza arfando, ele idem, Eduardo sentiu um pedaço de esparadrapo. Puxou, temeroso de DST. Com o esparadrapo, o famoso emplastro Sabiá, veio uma peruquinha e se expôs um cobrálio, da Heleneuza, totalmente vexada e Eduardo fulo da vida.

Puxou a arma, gritou no meio do salão nosso amigo decepcionado:

-- Eu sou é homem. Passo bala nessas bonecas todas! Quem é que é homem aqui dentro?

Em uníssono ouviu um -- EEEEEUUUU! -- ecoando pelo salão. É, era tudo homem mesmo...

E depois uma voz solitária e possante gritou -- Deixa de ser veado e come a "mulher" de uma vez, seu desmancha-prazeres!

Entre o escândalo de um balaço nos córneos da Heleneuza, que chorava docemente no balcão e comer o rabo da Heleneuza, que só tinha um defeitinho de fabricação, Eduardo não vacilou.

E não é que foi bom ? Na saída um deu o número do seu celular pro outro. Ela era linda, pensou Eduardo. Ai, que bofe perfumado e gostoso, saiu pensando Heleneuza.

Desde que ninguém saiba, meditou Eduardo, vou ter uma distração de vez em quando.

Enquanto isso a mulher do Eduardo chegou na sua festosa e ... (Continua)

Os direitos da foto de Marilyn foram cedidos para uso neste blog ou qualquer outro blog meu até julho de 2007©

Contos de Idade Média 1 It's All Right in High Society, por Nicolas Rouquette

Antes dos contos, retirados a dedo, no bom sentido, do meu antigo UA do blogspot.com sinto que devo comunicar que não sei quando voltarei com post novo. Há alguns anos comecei a ter um problema na mão esquerda. Há uns três dias passei a ter dormência nos dedos da mão direita. Segunda é feriado, Yom Kippur, estão perdoados todos vocês e eu também, assim espero. Talvez na terça consiga ver um médico. Vai ser uma segunda opinão, tipo: --Ah, e a senhora é feia. Não, de verdade, o primeiro neurologista me encheu de remédio e quase morri, sério, foi miastenia induzida. Queria ser como o moskito, do ¿de qualquer jeito? e sumir sem explicação. Vou tentar ir lendo os meus blogs amigos aos pouquinhos, com comentário de carinha feliz. Sem mais, aí vão três posts separados, dois sobre ele e ela do mesmo casal. E viva o Botafogo.

Bouquet


Conto Número 1

Antonio Carlos Rodrigues Leão chegou de mau humor em casa. Reunião o dia inteiro com os gerentes estrangeiros exigindo mais cortes orçamentários, almoço de piadinhas bobas sem cerveja pra não dar bandeira enquanto eles se afogavam nas ca-ee-py-rinyas, um dia do cão.

E hoje terminava sua liberdade pois chegava sua mulher de uma ausência longa num spa, nem se lembrava se era em Camboriú ou Nova Iguaçu. O bom senso lhe dizia Camboriú. Não que tivesse caído na gandaia na sua ausência; seu alto posto gerencial não se lho permitia.

Olhou para seu copo de uísque, já aguado do gelo derretido. Tomava outro? Não, melhor enfrentar a Teresa Isabel um pouco sóbrio. Mais um uísque, então, e danem-se os médicos e seus conselhos que só tornam a vida mais chata. Já estava vestido e perfumado, pronto para seja qual fosse a festa da noite.

Suas flores, enviadas pela secretária, que sabia imitar perfeitamente sua letra, repousavam num belo vaso de cristal. Ele tinha sua suíte e ela a dela, desde que ele começou a roncar insuportavelmente. Estava sentado no foyer entre as duas suítes.

Nisto sai da suíte da sua mulher, da Teresa Isabel, um belo exemplar do sexo feminino, daqueles que se traça com vários talheres e aos poucos, pra durar.

Quedou-se por uns minutos boquiaberto, indeciso entre fazer soar o alarme ou agarrar aquele mulherão ali mesmo. A voz daquele avião o despertou:

-- Então Antonio Carlos, gostou da surpresa?

Era a voz da Teresa Isabel. Ou o uísque ou a surpresa, ficou um pouco desmaia-que-não-desmaia, mas desmaiar é coisa de mulher.

-- É você ? O quê aconteceu? Quero dizer, cadê você mesma? Perguntou Antonio Carlos à mulher esticada das antigas celulites ao cabelo, tratado com escova progressiva.

-- Não te disse que o spa era miraculoso, bobinho? Gostou do resultado, meu amor? A voz de Teresa Isabel tomava um tom da voz da Lauren Bacall.

-- Sim, mas você era morena e branquela... ( Não quis acrescentar pelancuda e feiosa, afinal já tinham passado das Bodas de Prata incólumes)

__ Ah, meu tratamento foi um chuá. Esticaram tudo, injetaram silicone nos meus lábios, olha, parecem os da Angelina Jolie, bolsas dos olhos, rugas, tudo fora. Até reconstrução vaginal eu fiz. Sou a tua nova mulher. Vem meu amor, vem Antonio Carlos, disse Teresa Isabel na voz cada vez mais sedutora, enquanto seu roupão de seda negra ia deslizando dos seus ombros abaixo.

Antonio Carlos não podia crer em sua sorte. Por via das dúvidas encheu seu copo de uísque pela terceira vez e foi-se encaminhando para o quarto da mulher, o qual fazia tempo que não visitava. Não era que não pudesse; mas casamento depois de décadas fica chatinho mesmo.

Teresa Isabel se despiu e se espalhou na cama de casal, coberta com peles falsas, politicamente corretas, de onças e tigres, da coleção do Ralph Lauren. Antonio Carlos coçava a barba imaginária, que havia tirado desde os anos sessenta.

Aquele mulherão, só dele, e que mulherão! Tirou a gravata, foi tirando a roupa, mudo, enquanto Teresa Isabel, como sempre tagarelava. ( Podiam tê-la emudecido de vale-brinde, pensou cá com seus botões.)

-- Vem meu amor, sou toda sua, gosta do seu presente?
-- Umm, claro, Teresa Isabel, é que está calor, deu quarenta graus hoje, venho sim.

Roçou aquele corpo escultural. Mas aquela não era a sua mulher. Nunca havia traído sua mulher. Por mais bonita e sedutora, ele não conseguia, não conseguia...

--Ah, coração, no spa me avisaram do efeito colateral dessa transformação numa possível reação do meu parceiro. Estou vendo que você, que nunca foi disso, está com dificuldade. Não tem problema, amor meu. Trouxe umas pílulas pra você. Em vinte minutos você se sentirá como um leão e eu sou sua presa. Toma aqui com um copo de Evian.

Antonio Carlos tomou aquela pílula azul, com a Evian, pensou e entornou, por via das dúvidas, ainda, seu quarto uísque.

26-09-2006

Você sabia...?, por Nicolas Rouquette

Antes das Curiosidades Google havia a Radio Relógio, que dava a hora a cada minuto, com um speaker e uma speaker, cuja voz era tão sensual quanto a bundinha gostosa da Daniela Cicareli. Aê, meus parabéns pra você e pro Totô, ganharam ação na justiça para a retirada do filminho de romance no YouTube, Globo? nem sabia que estava usando o filminho, e mais um site, não importa, dizem os aficcionados na falta do que fazer, tira e a gente bota, e fica esse tira bota, tira bota, até...

E Daniela negou que estivesse trepando dentro dágua,ah! aí você me decepciona. Tinha que dizer:
--Tava trepando sim e só não chupei porque não sei prender respiração no fundo dágua, porra!--

A Rádio Relógio antes de dar a hora tinha seu anúncio da Galeria Silvestre, a galeria da luz. Dava três tons e lá vinha a hora certa, no terceiro tom.

Ainda estou com a tal infecção que parece E.coli mas não é e muita dor de cabeça. Mas eu sou fodaça de palpiteira e preciso desabafar, vomitar algumas opiniões, pela ordem:

-- Se as pessoas qquerem ver a Daniela e eu sou blogueira de horário integral eu dou o que elas querem. Só o Victor Snake do O buraco é mais embaixo tem uma foto mais bonita que as minhas. Eu gosto de olhar pra mulher bonita e acho essa estória o máximo do absurdo tupiniquim. Já passei da minha época chata trotsquista Libelu de querer mudar as pessoas e preparar a revolução. Passo este papel com gosto aos mais jovens e principalmente aos brasileiros, pois não voto e não sou brasileira, só de espírito (de porco.)

--O que não quer dizer que não ache a re-eleição do Lula vital. Em mais um episódio da minha vida Forrest Gump, como diz um idiota com nick impronunciável, Zlatán, e um avatar de um burro mexicano, esse moleque acha que eu invento que fiz e aconteci. Não sabe da missa a metade. Não minto não. É só a pessoa viver ligada no seu tempo e viver na Zona Sul que inevitavelmente vai presenciar grandes momentos do Brasil, quero dizer, do Rio de Janeiro.

--Voltando à vaca congelada, subi muito morro de Copacabana, passei em muita vila operária em São Paulo, tudo isso pra angariar assinaturas para o PT, isso em 1981.
--Tive o prazer de ver o Vladimir Palmeira, antológico líder estudantil alagoano, acho que foi presidente da UNE em 68. Fez comício na Praça Serzedelo Correa em Copacabana, a chamada praça dos paraíbas.

--Ninguém votava PT em 82. O partido quente da esquerda era o PDT, do carismático gaúcho Leonel Brizola. Sei que o PDT era quente só pelo jeitão dos meus amigos intelectuais que faziam pouco do PT.

Aí, nem sei como, porque fui-me embora, não para Candeias e infelizmente não com o Edu Lobo, em 1985 e quando volto, em uma das minhas voltas, todo mundo é PT! Caramba, o Partido dos Trabalhadores tinha feito um passe de mágica e conquistado os corações praianos zona sul carioca.

--Só agora soube da maracutaia contra o Lula no segundo debate contra o Collor. Plin,plin! 1989. Aliás, do Collor lembro quase que palavra por palavra a descrição de seu primeiro casamento. Vocês que reclamam que Daniela Cicarelli só namora rico, enxerguem-se! Quem gosta de pobre mas só em cinema e livro é intelectual. Pobre não tem amigo, pobre tem parente.

No casamento do Collor com Lilibeth sei lá de quê, li na coluna do Ibrahim Sued que encheram uma piscina com champagne, havia cascatas de lagostas e camarões, era um luxo tão digno de Mil e Uma Noites que nunca dele me esqueci.

--Quem me conheça o mínimo e sabe que não sou a Cristina Oiticica casada com o Paulo Coelho sabe também ou desconfia que gosto de gastar dinheiro mas tenho horror de gente rica, ainda mais aqueles com atitude de desdenho às classes abaixo deles, ou seja, o 98% restante da população, tenho horror à Daslu, Opus Dei me lembra TFP, Tradição,Família e Propriedade, logo, jamais votaria no Alkmin. Nunca, jamais, em tempo algum, como aprendi em português básico.

--Estava em Maceió em 2003, um outro momento histórico de um entretemps na família. Li muito sobre a Heloísa Helena, pensei se ela era chegada a uma briga de aranha, aquela postura de moda estudantil severa de 68, sei lá. Um blogueiro de lá me garantiu que ela é hetero, não que isso importe em nada. O legal foi o desafio dela em uma questão de voto do partido( PT) em que a cúpula chamou à tona o famoso centralismo democrático ( o voto em bloco ) e ela piscou o foda-se. Achei o máximo.
Só que ela deveria ter ido ser governadora ou prefeita em Alagoas para aprender a administrar. É bacaninha pregar dar uma banana nas dívidas e fazer e acontecer. Vejam bem, companheiros, a Argentina deu uma banana e colheu um bananal e se meteu num pantanal.

Ou seja, Heloísa Helena, later, aligator.

Não sei se vocês sabem que o mesmo truque de edição usado contra o Lula, veja post passado logo ali, foi usado contra o meu xodó Bill Clinton, a Fox passou uns minutinhos de quando ele ficou bem irado e este é o vídeo mais visitado do YouTube. É fogo.

Por falar em fogo, vocês tão sabendo que o Tapa da Pantera tem quatro episódios? Estou radiante pela Maria Alice Vergueiro, uma grande atriz. Vi os quatro, o terceiro é ruim, botam a maconheira em um asilo, com balão de gás, e o quarto é bom.Vejam ou revejam.

E quem quer conferir quantos dos filmes com mais declinações de fuck já viram?

Cortesia do swanksalot, meu patrão gringo mas ele é canadense.

Cortesia minha: não só o Google começou a tirar perfis e comus de pedofilia etc. e tal mas também levou uma surra jurídica na Bélgica. Houve alguns jornais que pediram que se fizesse menção da fonte no Google.be ( Bélgica ) deu aquele lelelê que no Brasil a gente conhece:

--Ah, é que não pode, por isso , por aquilo, e todo o blablá...

E a justiça mandou o Google.be e o Google News belga cumprir o que havia sido pedido pelos taais periódicos e não só isso mas publicar no Google.be e no Google News belga durante cinco dias a decisão judicial.

Google é muito do malcriado tá precisando de panpanpan dans le cu-cu. Tirou da indexação os periódicos que reclamaram. Pode cabrito virar bode?

Há 79 fontes desta mesma notícia em francês. A primeira vez que busquei encontrei a página em flamenco, putz, é igual a holandês+alemão, o que quer dizer que não sei nada.

E estas são minhas notícias principais, sempre lembrando a vocês que hoje saiu o Pensar Enlouquece do Alexandre Inagaki, o Eudes publicou uma estorinha muito porreta sobre espada passada de pai pra filho, gostei mesmo.
Estou em falta com todo mundo. Li hoje às cinco e meia da manhã o editorial do Alexandre Inagaki, a estorinha do Eudes, aí minha Internet foi pras picas.

Sério mesmo, as notícias aqui são tão deprimentes, no Brasil um pequeno ajuste comportamental ajudaria a melhorar a situação. O governo não pode fazer tudo. Votem, eu descaradamente peço um voto de confiança no partido, ou seja no PT, ele foi feito pela base, é só acabar de fazer uma varredura. E quem não viveu ou não estudou sobre o país de 55-89, veja o vídeo da BBC, em um link do post aí abaixo, não este, mas o outro. E se é o caso de eu ser proxeneta da Cicarelli, quero a minha parte pois eu não estou ganhando um puto com essa estória.

Não, Sergio, não acho que o caso Cicarelli tenha sido armação do governo e não Danilo, não acredito em previsões do futuro. Já dizia o Francelino Pereira, o presidente da ARENA, o maior partido do ocidente ( sic):

--O futuro a Deus pertence.

Então, até+!

25-09-2006

Françoise Sagan ou Bom dia, alegria, por Nicolas Rouquette

Françoise Sagan e seu "Bonjour tristesse" foram um fenômeno de vendas de livros e ingressos do filme baseado no livro que marcaram época e minha imaginação. Primeiro que sempre fui du contraire, nadando contra a corrente; não li o livro, e não era pra mocinhas de qualquer maneira. O tema era adulto, deveria ter ficado atiçada como está esse povo correndo atrás de imagens da Daniela Cicarelli, da estória de amor dentro dágua, sei lá, "Bonjour Tristesse" só fui ler uma sinopse depois de velha.

O tema "escabroso" para a época era a paixão de uma mocinha por um amigo de sua mãe ou amante de sua mãe, who cares? Como disse no parágrafo introdutório, "Bonjour Tristesse" foi um fenômeno de popularidade tão intenso quanto o desta semana desde que divulgaram, não fui eu, o vídeo de romance soft-porn da Diva Daniela.

Teclo meu post para amanhã enquanto meu marido tenta matar "um bug." Um bug é uma explicação bem críptica que quer dizer qualquer coisa que não funciona no seu modelo em domain specific modeling and logic. Não me perguntem o quê quer dizer esse gringolês. Não sei.

Neste exato momento sinto a paz do silêncio da madrugada embalada pelo som contínuo da teclagem. Ao mesmo tempo, sei que deveria visitar mais blogs. Mañana.

No alto daquele morro Passa boi, passa boiada Responde Daniela Por quê não és minha namorada?
Estou fascinada pelo fascínio nacional. Para ser sincera, mais sincera que Julius Cæsar entalado com o punhal traiçoeiro:
--Quoque tu, Brutus? --
E só não me estatelo no chão porque fica complicado para me levantar depois com meus 789 quilos de amor pra dar. Depois dos 469 anos de idade é assim.

É tão mais saudável e viçoso o espírito nacional que o dos EUA. Estamos pertinho das eleições, espero que ganhe o PT, há tanto jovem desinformado pela ausência de aprendizagem de história do Brasil que fica chato descordar. Então, que entre a Daniela e as desavenças sobre sua aventura aquática. Aí concordamos discordando todos, dos detalhes do possível sexo anal, à lubrificação, à trepadinha, ao golpe publicitário, o Ian do Enloucrescendo teve uma sacação brilhante, tipo o maior faro, só que agora é panis et circensis.

Vejam o contraste lúgubre. Aqui nos EUA, qualquer blog de responsa vai estar metendo o malho em mais uma que o governo federal aprontou, tá todo mundo aperreado, aporrinhado e sem um porra para se distrair, literalmente. O governo excelente do Presidente Bill Clinton ao menos até porra trouxe, no vestido da Gap que a Monica resolveu guardar de souvenir sem mandar para a tinturaria.

Bill_fodao

E agora, até aporrinhar o Bill Clinton conseguiram. Assisti à entrevista que ele deu, justamente para Fox News. A Fox News é tão reaça, tão reaça, tão reaça, que à direita deles só o Atlântico, cabum, direto no mar. A estória era de entrevistar pra bater um papo sobre a fundação Clinton. Só que o carinha começa lascando uma perguntinha isca sobre terrorismo e desempenho do governo Clinton, que dias maravilhosos! Eu já tinha lido a entrevista no excelente B12 Partners. É um link do meio da semana. Brilhante como sempre o Bill, aquelas manoplas lindas, ah, o Bill Clinton, sem flegma schmegma, excelente!

O Bill tava bem pau e declarou sem mencionar o grade Idiota que ele, Bill Clinton, fez o maior esforço para pegar o bin Laden e que a direita reaça vive o acusando. Parecia uma versão rechonchuda encanecida de olhos claros e anglo do Caetano gritando a plenos pulmões no festival:

--E quem teve a coragem de explodir as estruturas , ... foi Gilberto Gil ... E fui eu!
Me amarro nesse rompante do Caetano; grande momento de brilho do gênio dylanesco baiano. Vejam, aprendam um pouco da história do país e votem no site umas cinco estrelas para o Pazcheco, que tem descolado uns videoclips de momentos marcantes da cultura brasileira.

É muito difícil o mercado de blog nos EUA. Pior que vitória do meu Glorioso Alvinegro da Estrela Solitária ou da possibilidade de chover no sertão, de eu gostar um dia de um burguês, por aí vai. O que percebo é que os grandes blogs são meros aglomerados de noticiário que vários blogueiros catam para o megablogueiro. Não sei, não. E o ranço é incrível porque em verdade, em verdade vos digo, se não é o apocalipse é o merdelê que vai nos afundar a todos, impreterivelmente, parodiando João Evangelista, 24 de junho.

Com ou sem migo vou chegar que amanhã é dia útil. Enquanto o vatapá não bate no ventilador. Boa jornada pra todos. Curtam Elis e Gal em um dueto lindo de uma canção muito velha, nem eu me lembrava dela, do Tom Jobim, não o Tom, um Ser Diferente, e Dolores Duran, "Canção do Sol".

Biarritz_1

24-09-2006

Daniela Cicarelli, cozinha como eu cozinho na panela ?, por Nicolas Rouquette

Mas que gente vingativa. Só por causa de um mísero sexo aquático e um vem-cá-meu-bem na areia na Espanha, Daniela começa a pagar o preço social, e não é pagar mico a que me refiro.

Uns fdp capitães de indústria já anunciaram que o contrato daquele mulheraço, mais gostosa que mousse com chantilly, mais certinha que arquitetura do Oscar Niemeyer, mais cheinha de notas sensuais que música do Tom Jobim, mais, bom, chegou, esses cata cornos já anunciaram que em janeiro de 2006 tinham decidido não renovar o contrato daFenômeno, ela sim, que peitos e bundinha e coxas, vocês devem ter visto o namorado dando um apertão naquela bunda divinal ( isso vai dar é em samba-enredo. ) Não viram? Vejam, indo até
onde verão.

Que maravilha. Pena que a sociedade é tão hipócrita que quer fazer sofrer esta linda mulher pelo que lhe deu a natureza e o Criador. Essa é boa de cara e de bunda e de tudo, só a escolha masculina é que poderia ter sido mais apurada, requintada. Por exemplo, em vez de trepar em uma praia na Espanha, trepar em uma baía perto de uma ilha paradisíaca. Em Alagoas há recantos onde podes secar meu pranto, Daniela. Esse derrière está gravado na minha mente.

Daniela_back

E ainda vai rolar o tal do processo, esquece, Daniela. Vai dar em galinha na panela. Não , meu amor, a galinha não é você, é a Justiça. Tão injusta. Você, Daniela, é uma pessoa pública. Para provar que estava com seu amorzinho em uma função particular em uma praia pública fica meio complicado. E o fogo na estopa é que You Tube, Google Image e todos os serviços que disponibilizaram o vídeo mais visto que lido o Bom Livro nos últimos dias, nem pensar. Todos os serviços de Internet têm os famosos TOS, não é revista de modelo, são so Termos de Serviço. Os TOS dizem que You Tube, Google, etc. etc. ad infinitum, aah! se o seu vídeo fosse ad infinitum! não são responsáveis pelas ações dos usuários. Você nunca visitou orkut para ver a putaria por lá? Ninguém faz nada, querida, são os usuários!

Daniela_bed

Sei que é conversa pra boi dormir. Concordo. No máximo você ganha uns caraminguás do paparazzo e do primeiro que disponibilizou o vídeo. Talvez dê certo uma ação por injúria pessoal ao ver seu amour ter sido tratado como filminho romance-soft-porn com musiquinha e tudo. Minha mãe diria, "Não sei não..."

Querida, estou do seu lado para o que der e vier. Principalmente para o que der. Antes de me despedir, quero deixar aqui a fabulosa receita Oiticica de Galinha refogada na panela com suco de tomate Cica©.


Ingredientes:

2 chícaras de galinha desfiadinha, bem desfiadinha

1/2 chícara de azeitonas picadas, picadinhas

1/2 chícara de pimentão vermelho em rodelas

1/2 chícara de cebola ralada ( ao som de Fagner, Orós)
1 colher de chá de alho moído

1 colher de cafezinho de cuminho

1 colher de cafezinho de pimenta em pó

1 pitada de noz moscada

1 pitada de canela

1 colher de chá de açúcar

1 garrafa de suco de tomate Cica©

2 colheres de sopa de mostarda

4 colheres de sopa de azeite de oliva Gallo --tem que ser Gallo, português legit.

Estamos prontas para a segunda parte?

Que tal isso? Vamos lá para a panela. Pode deixar que seguro. Seguro você. Você que segure a panela.

Modo de Preparo:

Primeiro douramos a cebola no azeite. Dourar, você gosta da palavra, né? Acrescentamos o alho, douramos a galinha desfiada, acrescentamos os outros ingredientes, deixamos o suco de tomate para o final. Fogo brando. E a gente deixa lá, a galinha na panela, nós, você e eu Daniela, certo, entendi. Acompanhamos a galinha na panela com batatas assadas no forno, é só passar uma escova bem escovada na batata, enrolar a batata em papel de alumínio e colocar no forno. Ou então um macarrão, umm, você enjoou de macarrão, que tal um
arroz sequinho?

Posso anunciar para a imprensa escrita, falada e televisada(sic) que agora você quer é arroz branquinho sem sal? Você manda, Daniela. Eu apoio a Daniela.

Daniela_4


21-09-2006

Sexo só na novela das oito, por Nicolas Rouquette

Daniela_1


Pra quem chegou agora de Marte, ainda é o assunto da trepadinha aquática da Daniela Cicarelli que foi debaixo dágua mas todo mundo viu e dá palpite. Uns dizem que é porcaria, outros dizem que não há lubrificação adequada, nos meus 169 anos de vida sexual ativa nunca ouvi falar nisso, mas enfim, a geração nova é tr00 e deve saber mais que eu.

E aí tem um gay confesso com raiva da modelo porque ele acha, melhor dizendo, ele viu sexo anal. Não vi e não é problema meu. Feio como esse jaburu deve ser, nem alguém pago pra fazer nada com essa figura. Outro foi realmente hilário. Confessando que entende de sexo, diz que sabe que as mulheres têm vida sexual porque ele tem uma irmã. Espero que nem ele nem a irmã sejam irmãos de Jesus, pois todos sabemos que Jesus levou um fim nada bom pra ele. Outro entra em detalhes sobre mãe e progenitora, dizendo para a pessoa dona do blog que progenitora é a avó. Pior que é, né? Esse moçoilo, já com 20 anos, devia sair de SC, aquele lugar muito avançado, e dar um rolê no Posto Nove. E aproveitar e perder sua inocência, que até bonitinho ele é. Ah, e largar a bebida.

Acho que li uns trezentos comentários sobre a Daniela em uns dez blogs que visitei. Vi mais fotos dela, pois não a conhecia nem de foto. Ela é muito gostosa. Boazuda demais. E não é magríssima. Não é um avião, é uma esquadrilha inteira. Comentei sobre comentários de rapazes, em sua grande maioria, muitos dos quais ainda virgens. Pedido da pessoa que escreveu este artigo: Favor de parar de chamar mulher a fim de transar de prostituta ou ninguém nunca vai conseguir transar. Grande verdade.

O pior me aguardava em um artigo sério, para juristas tupiniquins. A gente tem que levar esse auê na chacota quando o país está com problemas e eleições à vista, infelizmente a Daniela não concorre, ela daria tudo para todos ou só pros ricos e esses dariam para todos, ah, eu sei lá. Abro a Última Instância e um jurista está explicando o aspecto criminal da trepada da Daniela com o namorado. Para as leis do Brasil, este país onde não há nudez pública, há? Mesmo que não houvesse gente na praia seria crime. Link abaixo.
Mas mêrmão, a trepada foi na Espanha! Vou repetir: Hello! No Brasil, o sexo praticado em local público é crime. Escola de samba pode, novela da Rede Bobo pode, sexo não pode. Gente, não é por nada não: Bota Jorge

Vou deixar de frescura e contar logo a piada do Jorge, que vai ficar sem graça mas vocês podem levar a piada pra praia e enfeitá-la com algas e a piada ficará engraçadinha. Um casal está trepando debaixo de uma ponte quando passam um Cosme e Damião ( dupla de policiais, asssim velha é essa piada) O Cosme, ou o Damião, um ou outro vira pro casal e grita:

--Mas o quê é isso! Vocês trepando debaixo de uma ponte pública, assim sem mais nem menos?

Um do casal pára o ato e diz pro policial:

--O pau é seu?

--Nãoooooo.

--O orifício é seu?

--Nãoooooo.

--Bota Jorge.

É uma dessas piadas que se alonga de acordo com a destreza lingüística do que a conta. E este é o caso da Daniela. E quem ainda não viu pela milésima vez o tal do vídeo do pecado acima ou abaixo do equador, vão descendo até ver quinhentas opções no blog curioso

20-09-2006

Apoio a Daniela, por Nicolas Rouquette

Daniela


Há dois séculos e meio atrás, quando piada sobre o Jorge valia e não dava cadeia nem era politicamente incorreta eu me amarrava na repetição quase que hipnótica das perguntas do carinha que o policial tava marcando e o final: --Bota Jorge.

Não porque a piada sobre o Jorge esteja afastada de possibilidade nas rodinhas antenadas mas pela besteira das pessoas alopradas sem-noção, esta é a piada du jour.

A Daniela volta das suas férias na Europa com o namorado a tiracolo. É assediada pela imprensa, informada dos últimos detalhes da sua trepadinha no mar. O s bravos trabalhadores da máquina de Guttenberg começam a sessão de perguntas muy inteligentes na sala VIP da United, ex-Varig.

--Ah, mas então por quê seu namorado tinha umas algas penduradas na sunguinha?

--Umm, o namorado é seu?

--Nãooo.

--A xota é sua?

--Claro que não!

--Me dá um chupão, amor. Você não, meu namorado.

--Mas ô Daniela, fazer amor dentro dágua do mar não é anti-higiênico?

-- Você quer dizer trepar?

--Bem , se você insiste. Não é nocivo à saúde?

--Já te disseram que nocivo é onanismo olhando pras minhas fotos? Você acreditou ou continua fazendo barba nas palmas? Me dá mais um chupão, meu gostosão. Você , não, meu namorado.

A imprensa está ficando irritada. Será que essa modelinho vai dar de mil a zero neles, sem diploma nem nada? Chega um repórter mais espertinho.

--Aê, Daniela, onde você aprendeu esse truque de transar dentro do mar? Dá pra contar?

--Aê, dá sim. Fui me batizar num culto muito doido e o pastor era gostoso pacas e em vez de só me batizar, a gente se conheceu no sentido bíblico, saca, e daí em diante, umazinha por semana dentro dágua.

( Pano rápido)

Apoio a Daniela. Não me meto na sexualiidade alheia.

Daniela


19-09-2006

Não se lembra de mim? Tua fotologueira..., por Nicolas Rouquette

Nicotina

--Pode sentar aí do outro lado, fã.--

Zaltaplán levou um susto. Depois de ter passado vinte anos juntando centavo por centavo do seu salário em TI, ele vai visitar o hotel onde morou Marilyn e dá de cara com esse jaburu o chamando de "meu louro" ? Que raio de mulher era essa, coçou a caspa no pouco cabelo que lhe restava.

--Sou a Carleta, não lembra? Você se babava por mim mas eu não era loira, só na vida real.--

--Carleta, a que fedia a bo___?-- Zaltaplán começou a salivar profusamente. Ele se amarrava em briga de velcro, ainda mais quando sobrava pra ele, nem que mão pegajosa fosse.

--Zaltaplán, estou aposentada. Quando você me conheceu eu já aparentava 34 anos em roupinhas de 12 aninhos. Galerinha curtia. E já tava pesando a mais que deveria. 67 kg, 92 de peito, tá bom, mas 83 de cintura e 127 de bundão. É por isso que de mil fotos tem uma foto deixa aparecer o resto, só que escondi por trás de um corpete sado-masoquista light. Ficou um charme.
Tomou mais um trago da água mineral. Arrotou para brindar os velhos tempos, da cara-de-pau, do shopping, dos barracos.

--Nem sei o que fazer com o meu dinheiro. Primeiro que nem sei quantos sites de fotos tenho. Tenho site até de fotos fora da norma, que nem o coelhinho armado com uma AK-47 que fiz para as miguxinhas. Umas fotos anormais, sem nudez. Como filme de terror, camisolão, fotos distorcidas. Aliás, você nunca visitou minha loja virtual? Há duas pessoas que trabalham, uma amiga e um amigo. Tem saia de madras... Quê? Tua irmã teve igual há 40 anos atrás? Bom, tem meias arrastão. Huh? Tua mãe usava pacas e foi assim que você foi concebido? Perdão. Ora, perdão é piada, foda-se você, vai se catar. Ah, tem blusinhas e tem shampoo. Sim é verdade que eu nunca fiz ou usei o shampoo. Ele é que me deu a grana. É a mais valia. Esse cabelo agora? É peruca, filhote.

--A grande jogada foi sempre dar meu destaque para a loja. Ah, a Faculdade de São Francisco da Gamela, sim me formei. Bons tempos da Freguesia do Ó. Melhor só Taboão da Serra. Quase todas minhas irmãs se casaram, umas com moças e outras com rapazes.

--Estou rica aposentada e mais gorda. Você ... --Faltou a voz à Carleta.

Zaltaplán completou a frase de Carleta com a voz embargada de emoção. O passado se lhe aflorava à memória.

--Quero. Você é Forrest Gump, até aqui apareceu. Quero, sim, Carleta.

Carleta arrastou aquele tampinha de sempre, que ela comia de vez em quando há trocentão de anos, o arrastou até o elevador. Abriu a porta do quarto dele e o arremessou no leito.

Mais surpreso ainda, Zaltaplán balbuciou:

--Mas eu quero, quero sim.

Carleta respondeu às gargalhadas:

--Sou milionária aposentada. Não sabia, tiozão, que toda mulher deveria amar um rapaz ou uma guria de dezessete anos?--

Bateu a porta no atônito Zaltaplán, que pensou, remetendo-se ao passado:
--Batata frita; você venceu.

"Blitz quer dizer corisco. Hollywood quer dizer azevedo, e o recôncavo, o recôncavo, meu medo." ( Caetano --Língua )

Moral da estória: Fã é sempre loser.

Para vencer como garota de programa de marketing ( fotologueira) é essencial experimentar tudo que é site, dizer que você é atéia em um ou espiritual em outro, o que render mais hits é o que vai.

Arme um You Tube de filmuxos alheios com desenhinhos para as miguxinhas e roqueiros gostosos para as miguxonas.

Nunca deixe de colocar seu espaço de vendas nos seus sites. NUNCA. E venda coisas podres e desencessárias ou totalmente old. Exemplo: bolsinha de animal de pelúcia, usada em 1994 pela Courtney Love.

Não se esqueça de jogar palavras em inglês, só pra constar.

Muita atenção para os fãs. Qualquer pessoa pode responder no seu lugar mas não marque touca.

Teu objetivo: quebrar a barreira dos 700.000 fotologueiros brasucas.

Boa sorte!

Dedicado de coração a Maritina. Feliz aniversário, querida, dia 27 de julho. Passou, passei eu também. Comprem seus produtos no pequeno espaço virtual em dois mil sites diferentes. Ele é mais ou menos do tamanho do salário do Zaltaplán.

E teus podres revela se dá onda de imprensa. Ou maloca. Inventa um golpe publicitáro melhor que o da ex- do Fenômeno.

Tinadessert_1

18-09-2006

Tia de cu é rola, por Nicolas Rouquette

Não sei usar esta expressão; sei que quer dizer que tia é a pqp. Não suporto essa estória de chamar a minha geração de tia, tio , tiazona, e daí em diante. Escutem aqui, vocês, recém-saídos dos cueiros com cheirinho de leite azedo do saudável arroto pós-mamada. Quê fazem vocês de tão legal assim para que se refiram a uma geração verdadeiramente revolucionária de uma forma tão vil?

Ah, sei, é porque vocês usam piercing? O tiozão dos Sex Pistols também usava piercing e tatuagem há trinta anos atrás. Umm, entendi, alguns de vocês andam de negro, chorando em cemitérios. Ih, old, old. Nos anos oitenta a gente chamava isso de goth, gótico, dark. E ainda havia o som completamente new dos Smiths, de Manchester. E New Order, Joy Division, Echo and the Bunnymen, The Pretenders, comparem ao Blink 182, eu hein? Meu filhote me explicou porquê o som dos Smiths é diferente; variação súbita da escala, acordes de sete notas, guitarra solando ao mesmo tempo em que o Morrissey se lamenta.

E se vamos entrar na seara dos tios-avós. Sergeant Pepper's. Stones, Led Zep, Traffic, movimentos sociais contra ditaduras e guerras, cinema novo e nouvelle vague, enquanto vocês movimentam dedos não para bolinar mas para jogar vídeogames, será que vocês seriam os sobrinhos do Pato Donald? Não completam frases sem ajuda, não fazem nada, francamente.

Esta nova geração é tão bobona que tem medo dos outros. Não consegue dizer:--Você pode achar que ela é escrota, eu não acho.-- Nem defendem um amigo pois o joguinho é mais importante que o amigo. A covardia individual torna-se coragem coletiva, anônima, ainda melhor. Nos tempos dos tios, havia pessoas que venciam a pressão da maioria e lhes davam um destaque e íam à luta.

A gente usou sim calças vermelhas e casacos de generais cheios de anéis, dormiu na praia e se encostou em um canto em Santa Teresa. A gente viajou sem ácido ou bagulho, só na ideologia da Era de Aquarius. Enquanto isso, meus sobrinhos, aproveitem a vida em frente de telinhas instrutivas. Mas tia de cu é rola.

E com vocês, finalmente, Gal Costa em "Vapor Barato" É só clicar. Tia é tão boazinha que vai deixar os Juquinhas irem ao banheiro sozinhos..

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