A Torre de Babel, por Nicolas Rouquette
Nesta cidade onde são faladas 163 línguas, onde a segregação étnica é histórica, ao mesmo tempo que vivemos com desconfianças geradas pelo desconhecido Outro aprendemos sobre culturas que nunca teríamos nem ouvido falar, muito menos apreciar.
São Paulo é um microscópico vislumbre do fenômeno multicultural losangelino. Aqui aprendi um pouco de farsi, de árabe, grego, russo, japonês e chinês mandarim. Com as pequenas frases, os costumes. Não há imigrante que não goste de um dedo de prosa, principalmente quando mostramos interesse na cultura deste. A comunidade persa é grande no comércio. Aprendi: rálê chatúra, rubei, tarfir pêidê, merci, getton ( como na música do Marvin Gaye) e hold office. Querem dizer, respectivamente: como vai, bem, desconto por favor, obrigado(a), caro e tchau.
As mais difíceis para mim são o armênio, que reconheço mas não gravo e o coreano, estes em geral são reservados pacas.
Ainda no assunto língua, é pena que o português esteja limitado ao Brasil e Portugal, mais algumas ex-colônias aqui e ali. Não é à toa que o poeta Paulo Henriques Britto deu o título de Macau ao seu livro de poesias premiado ano antepassado pelo Portugal Telecom. Torna-se o português uma língua isolada como a provínicia de Macau, na China continental, que ainda fala o português de Portugal.
Mudando para a língua da música, o assunto do dia são as diversas declarações do Bob Dylan sobre seu disco vindouro. Ele se declarou radicalmente contra a choradeira das gravadoras e suas perdas com piratarias, contra o CD e a favor do vinil, mais ou menos deu a entender que o disco está uma titica, agora é tarde, já comprei. Ele é muito figura.
É hora do jantar, obrigada aos que me visitam, até amanhã! Cliquem para melhor ver esse museu doido, espiralado, o Guggenheim de NYC. Quase um torre, quase.
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Estou achando achando sua escritas otimas e suas fotos tambem nao pare continue visite meu site tambem..
Posted by: ben | 25-08-2006 at 03:37